
Foi inaugurada a 11 de Setembro uma unidade móvel de rastreio contra o cancro da mama, que só vai sair das Caldas em Fevereiro de 2013 para os restantes concelhos do ACES Oeste Norte. Por agora vai rastrear gratuitamente mulheres com idades entre os 45 e os 69 anos, faixa etária onde a incidência da doença é maior. As senhoras são convocadas por carta e devem depois dirigir-se a esta unidade, que só vai partir no próximo mês de Fevereiro, após terem sido rastreadas todas as mulheres do concelho caldense da faixa etária supracitada. Depois das Caldas, esta unidade vai partir para rastrear as mulheres dos concelhos de Alcobaça, Bombarral, Nazaré, Óbidos e Peniche.
Por fora, é parte de um veiculo pesado, mas por dentro está equipado com material médico que permite a realização de mamografias. É uma unidade móvel de rastreio da Liga Portuguesa Contra o Cancro que se encontra-se estacionada na entrada do Centro de Saúde das Caldas e só vai partir no próximo mês de Fevereiro, após terem sido rastreadas todas as mulheres do concelho caldense que estão entre os 45 e os 69 anos.

Hoje estas unidades móveis representam “uma mais-valia, mais qualidade e a possibilidade de atender mais utentes num só dia”, disse Vítor Rodrigues, elemento da direcção da Liga Portuguesa Contra o Cancro, presente na sessão de inauguração que ainda explicou que a mamografia realizada nesta unidade é posteriormente enviada para Lisboa onde é feito o diagnóstico por dois radiologistas. Se houver alguma suspeita em relação ao cancro, a pessoa é encaminhada para um dos hospitais do país que tiver a menor lista de espera.
Os rastreios são feitos de dois em dois anos a mulheres com idades entre os 45 e os 69 anos, faixa etária com maior incidência de cancro da mama. O resultado é transmitido ao médico de família da paciente.
Vítor Rodrigues disse à Gazeta das Caldas que esta unidade tem um custo de 250 mil euros. Há várias a percorrer o país e que empregam cerca de 50 técnicas que fazem os testes às mulheres portuguesas.
A Liga trabalha em parceria com o Ministério da Saúde que paga “por cada mamografia o valor convencionado que oscila entre os 19 e os 20 euros”, disse o responsável. O valor não cobre os custos, mas como a Liga recebe dinheiro da população através dos peditórios, “vamos conseguindo gerir tudo”.
As unidades móveis são um equipamento caro e tem que ser rentabilizado. “Uma unidade destas faz entre 60 a 70 mamografias por dia”, disse Vítor Rodrigues. E como se consegue? “Funcionamos em economia de escala, temos funcionários altamente motivados e um sistema informatizado que nos permite fazer 350 mil convocatórias por ano”, rematou o responsável.
Nos primeiros seis meses deste ano, em relação às consultas de planeamento familiar, “a ARSLVT no seu conjunto cresceu 8% e nós crescemos 42,5%”, disse. A responsável sublinhou ainda o facto de se estar a assinalar os seis anos da primeira unidade de saúde familiar das Caldas – a USF de Tornada.
“A saúde tem que continuar a ser uma marca das Caldas”
Presente na cerimónia esteve a vereadora Maria da Conceição Pereira, que reafirmou perante os responsáveis da ARS a importância que tem o Hospital termal para todos os caldenses. “Vivemos um momento histórico e queremos que a cidade volte a ser uma grande estância termal”, disse a autarca, pedindo que a Câmara e o Ministério possam ser parceiros “de olhos nos olhos” de modo a que a saúde possa continuar a ser “uma marca nas Caldas da Rainha”.
O presidente da ARSLVT, Luís Cunha Ribeiro, salientou o facto da Liga Portuguesa contra o Cancro ter “um papel essencial como instituição da sociedade civil na luta contra um flagelo, a que ninguém está isento”. Este responsável deixou algumas palavras já conhecidas, que o “core business” do Ministério da Saúde era o de cuidar dos doentes e espera que as Caldas possa alcançar o sonho de ser uma grande estância termal. “Esse é um sonho importante para os caldenses e para todo o país”, rematou.
A unidade móvel de rastreio contra o cancro da mama funciona na frente do Centro de Saúde das Caldas, entre as 9h00 e as 13h00 e entre as 14h00 e as 17h30.
Natacha Narciso
nnarciso@gazetadascaldas.pt






























