Némanus são cabeças de cartaz na passagem de ano em Mira

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O duo penichense Némanus foi hoje anunciado como cabeça de cartaz nas festividades de Passagem de Ano em Mira, no litoral do distrito de Coimbra, um evento que perde o cariz solidário que teve nas últimas duas edições.

O duo constituído pelos irmãos Né e Hélder Vieira, naturais de Peniche, é conhecido por temas como “Dançando Kizomba”, “Sinto Falta Dela” ou “Funaná Contigo”, entre outros, juntando ritmos brasileiros e africanos à música tradicional portuguesa.

Os Némanus celebraram, este ano, 25 anos de carreira, com um concerto esgotado, em novembro, na Meo Arena, em Lisboa.

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“Está apresentada a maior Passagem de Ano do país”, brincou Helder Vieira, durante a apresentação das festas, que decorreu hoje em Mira, município onde a dupla irá atuar pela terceira vez.

Já Né Vieira lembrou as semelhanças de “gente ligada ao mar” entre Peniche e a Praia de Mira, localidade onde as festas de Passagem de Ano decorrem num espaço adjacente ao plano de água da Barrinha.

Para além dos Némanus, cuja atuação está agendada para as 00:15 do primeiro dia de 2026, o programa inclui o grupo Vibe (22:00), antes do espetáculo piromusical de entrada no novo ano, e fecha com os dj Eletric Boys, ambos naturais da Praia de Mira.

Artur Fresco, presidente da Câmara de Mira, considerou as festividades como “uma referência a nível regional” e mesmo a nível nacional, embora notando que a parceria de uma década com a rádio RFM este ano não se concretiza, um modelo que foi criado em 2015 pelo anterior presidente do município, Raul Almeida, que morreu este ano.

“Não existe qualquer tipo de conflito, apenas circunstâncias que não coincidiram”, disse o autarca.

A passagem de ano em Mira perde ainda, este ano, o caráter solidário das duas anteriores edições, tendo o município deixado de atribuir, por protocolo, a exploração dos bares do recinto aos bombeiros voluntários locais.

Questionado pela Lusa sobre essa situação, Artur Fresco afirmou desconhecer qual a receita que os bombeiros arrecadaram o ano passado e frisou que a opção, este ano, passou por levar a hasta pública a exploração daqueles espaços.

Sobre o custo das festas, ascende a cerca de 120 mil euros, mais 20 mil euros do que em 2024/2025.

Já sobre o valor do ‘cachet’ dos cabeças de cartaz, o presidente da Câmara não o divulgou, apenas aludindo ao investimento total – que inclui, além dos artistas, as infraestruturas do palco, som e luz ou segurança, entre outras. Também os Némanus afirmaram desconhecer o valor do contrato da sua atuação, remetendo esses dados para o seu agente.

 

*com agência Lusa

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