Nazaré inicia festejos carnavalescos com ancestral Festa de S. Brás

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No sopé do Monte de S. Bartolomeu são esperadas centenas de pessoas para uma das mais enraizadas festas populares nazarenas (Foto de arquivo)

Os nazarenos voltam na próxima quinta-feira, 3 de Fevereiro, a rumar ao Monte de São Bartolomeu para mais uma tradicional Festa de S. Brás. Naquela que é uma das mais genuínas festas populares nazarenas, as crenças religiosas andam a par e passo com os festejos pagãos que há décadas marcam o arranque oficial do Carnaval na vila piscatória.
Na vertente religiosa da Festa de S. Brás, centenas de pessoas sobem todos os anos à capela de S. Bartolomeu e é lá no alto do monte que podem usufruir de uma das mais espantosas vistas panorâmicas da região. Diz a tradição oral que quando Frei Romano e D. Rodrigo (o último rei visigodo na Península Ibérica) se refugiaram na Nazaré, traziam consigo a imagem de Nossa Senhora da Nazaré e as relíquias de S. Brás e S. Bartolomeu, dois santos cuja veneração das gentes nazarenas tem resistido ao passar dos anos.
Já na vertente pagã da festa, que se realiza invariavelmente a 3 de Fevereiro, muitos são os que fazem do sopé do Monte de S. Bartolomeu um imenso parque de merendas. As carnes e enchidos assados ali mesmo, bem regados, entretêm o estômago daqueles que não querem perder o bailarico habitual da festa.
E a mais de um mês do Dia de Entrudo (que este ano se comemora a 8 de Março), a ancestral festa dá mais uma vez o pontapé de saída para os festejos que prometem animar a vila nas próximas semanas. O mote deste ano já foi escolhido e é, como habitualmente, uma expressão nazarena: “X’Ándar, X’Ósir, X’Óstar”. Nos festejos da próxima quinta-feira não faltam as marchas que todos os anos marcam o ritmo do Carnaval nazareno e os foliões, muitos deles já devidamente disfarçados ou “ensaiados”, vão conhecer oficialmente os reis deste ano, Luís Mendes “Xiri” e Odete Robalo.
Até quarta-feira de cinzas a vila piscatória vai andar num verdadeiro reboliço com bailes pelas diversas salas, cegadas, ranchos de fantasia e bandas infernais, que o tornam o Carnaval nazareno num dos mais tradicionais do país. O programa fica completo com os tradicionais corsos que todos os anos atraem milhares de pessoas à marginal nazarena.

J.F.

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