Nazaré: CDU critica aumento dos tarifários dos transportes urbanos

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Vereador João Paulo Delgado discorda da decisão da maioria do PS

Subida dos preços e mudança de itinerários em causa. Câmara quer equilibrar custos

A CDU contesta as alterações introduzidas à rede de transportes públicos da Nazaré, considerando que o aumento das tarifas e na alteração dos itinerários e horários causa “transtornos” à população.
Na quinta-feira da semana passada, o vereador João Paulo Delgado viajou nos transportes urbanos, por forma “a auscultar” os cidadãos. E a conclusão foi inequívoca: “Há um enorme descontentamento da população, porque o serviço não serve as necessidades das pessoas”.
A incompatibilidade dos horários das chamadas Urbanas com os transportes públicos está, ainda, a causar “grandes problemas” aos nazarenos que trabalham fora da vila, nomeadamente nas Caldas, Alcobaça ou Marinha Grande. A CDU alerta que há quem esteja a “ir de táxi” da Nazaré para Fanhais para “poder ir trabalhar” e sinalizou casos de pessoas “que se juntam” para partilhar aquela despesa. Algo “inadmissível” para o eleito da CDU, que critica, igualmente, o aumento do preços no Ascensor, que viu a subida e a descida individual passar para 2,5€.
João Paulo Delgado apresentou as preocupações ao executivo e juntou propostas, “que não são de agora”, nomeadamente a introdução de mecanismos de diferenciação positiva para os residentes, a utilização de bicicletas elétricas ou a criação de parques periféricos.
Em resposta, o vereador Orlando Rodrigues, enjeita as críticas. “Por vezes, aquilo que é transmitido não é verdade e em política não pode valer tudo”, lamentou o vogal dos Serviços Municipalizados, explicando que houve aumentos, mas “também reduções significativas” nos tarifários, dando como exemplo o passe mensal a partir de Fanhais, que passou de 22€ passou para 12€ e a criação do passe +65, por 10€, que pode ser requerido por nazarenos, residentes ou trabalhadores no concelho.
Assinalando que o passe mensal do Ascensor passou de 10 para 12,5€, o autarca reconhece que houve “um aumento substancial” nas subidas e descidas (2,5€ um sentido e 4€ ida e volta), que se tornou “inevitável”, devido aos prejuízos com a Rede Municipal de Transporte Urbano Rodoviário, que em 2021 atingiram os 700 mil euros. “O modelo anterior tinha 30 anos. Este não é o que desejava, mas vamos avaliar”, notou.

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