
Auto de consignação da empreitada de recuperação da unidade museológica foi assinado na última semana.
“Entramos hoje numa nova fase na História deste museu”, afirmou Suzana Menezes, diretora da Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC), na cerimónia do auto de consignação da empreitada de recuperação do Museu José Malhoa, que ocorreu na tarde da passada quinta-feira, 6 de outubro.
Na cerimónia, que decorreu na unidade museológica, nas Caldas, a mesma responsável esclareceu que este investimento permitirá resolver problemas estruturais do edifício.
A principal preocupação é com a cobertura e sistema de drenagem de águas pluviais, que permitem infiltrações no museu. A questão tem-se vindo a agravar, colocando em causa a conservação do espólio.
Está prevista a substituição dos painéis da cobertura e também a substituição dos revestimentos em telha cerâmica por novos, em chapa de zinco. Será ainda necessário um trabalho de conservação e desinfestação preventiva e a reparação de sistemas eletromecânicos. Depois, há também melhorias a fazer no sistema de aquecimento, nos equipamentos sanitários, entre outros.
Este investimento será feito a par de um outro, no domínio da transição digital que prevê novas soluções de iteratividade no museu, a criação de uma visita virtual e também a digitalização em 2D e 3D de um total de 1.546 peças.
A secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, salientou que este foi, a nível nacional, o primeiro edifício pensado e construído de raiz para ser um museu, ainda durante o ano de 1933, e que tem uma “notável coleção de pintura e escultura”. A governante considera que a requalificação do Museu “irá potenciar ainda mais o local central que o museu ocupa”.
A obra de recuperação, que tem um prazo de dez meses e que está a cargo da empresa Bel Heritage, Construção e Intervenção no Património, será financiada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), na dimensão Resiliência. No âmbito deste plano será também digitalizado acervo do Museu Dr. Joaquim Manso, na Nazaré, que também terá uma visita virtual disponível (algo que também acontecerá com o Museu da Cerâmica, nas Caldas).
Nicole Costa, diretora do Museu, fez notar que estas obras vêm numa época em que os próprios documentos que guiam a instituição, como o regulamento, estão a ser reformulados e que “revelam uma nova perspetiva, com mudanças no conceito”.






























