Museu da Cerâmica recebe classificação de interesse público

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Antigo Palacete Visconde de Sacavém e jardim envolvente, foram classificados

O antigo Palacete Visconde de Sacavém, atual Museu da Cerâmica, destaca-se no centro de um quarteirão murado na zona histórica da cidade das Caldas da Rainha, junto ao Parque D. Carlos I e próximo da atual Fábrica Bordalo Pinheiro, correspondendo a uma antiga quinta de veraneio da qual se conservaram os espaços ajardinados. É assim apresentado o Museu da Cerâmica, agora classificado como monumento de interesse público. O documento, assinado pela secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, refere que a classificação do antigo Palacete Visconde de Sacavém, e jardim envolvente, reflete os critérios relativos ao “carácter matricial do bem, ao seu interesse como testemunho notável de vivências ou factos históricos”. Refere-se ainda “ao seu valor estético, técnico e material intrínseco, à sua conceção arquitetónica, urbanística e paisagística, e à sua extensão e ao que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva”.
O palacete, de finais do século XIX, foi mandado construir pelo segundo Visconde de Sacavém De gosto revivalista, tem fachadas em aparelho de pedra à vista, alpendres, torre de dois pisos e vãos intercalados por painéis de azulejo. Também os jardins, de caraterísticas românticas, “constituem um interessante testemunho do gosto da época, sendo compostos por exemplares de valor botânico e paisagísticos distribuídos entre uma sucessão de alamedas, patamares, canteiros, lagos, tanques e um auditório ao ar livre, e pontuados por azulejos datados do século XVI ao século XX, elementos cerâmicos e estatuária”. Integra ainda o conjunto um edifício anexo onde se situa a sala de exposições temporárias, a loja, a olaria e o Centro de Documentação.
Na sessão de Câmara de segunda feira o executivo manifestou o seu regozijo com esta classificação, mas alerta para a necessidade de intervenção naquele património e de apoio estatal para a mesma. ■

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