Oito municípios do litoral oestino (Caldas, Alcobaça, Óbidos, Nazaré, Lourinhã, Peniche, Torres Vedras e Batalha) estão a trabalhar em parceria para o desenvolvimento de uma Rede de Turismo Acessível e Inclusivo. No passado dia 20 de Setembro foram apresentados os resultados do primeiro ano de trabalho na Biblioteca Municipal da Nazaré.
Em 12 meses a parceria regional, de nome Brendait, já reuniu quase 60 entidades (17 públicas, 38 do sector privado e quatro do sector social) que, dentro do sector do turismo, procuram tornar o território mais acessível e inclusivo. Hotéis, restaurantes, empresas de animação turística, transportes, postos de turismo, museus e monumentos, são algumas das participantes.
Para recepcionistas, empregados de mesa, guias, monitores, condutores e técnicos de informação turística, será desenvolvida uma formação para atendimento e serviço a pessoas com necessidades especiais. Para os dirigentes e profissionais da área comercial, a formação foca-se na conquista de clientes com mobilidade reduzida, com necessidades especiais, idosos e grávidas.
A fase final deste projecto, que termina em Março do próximo ano, traduzir-se-á na construção de um manual para possibilitar a replicação deste modelo noutras regiões.
Ana Garcia, da European Network for Accessible Tourism (ENAT), entidade que faz parte do consórcio -, explicou que este é um mercado que
“representa, nos 28 estados membros da União Europeia, 140 milhões de pessoas, 800 milhões de viagens e 350 mil milhões de euros”. Realçou ainda que estes números
“tendem a crescer com o envelhecimento da população”.
Já Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro de Portugal, explicou que pretendem
“transformar o Oeste num destino turístico ainda mais acessível e inclusivo” e, dessa forma, ajudar a tornar o Centro do país num local
“ainda mais competitivo”.
Neste momento, o teste é em oito municípios oestinos, mas o objectivo é conseguir fazê-lo chegar a todo o Centro de Portugal e, mais tarde, a todo o país.
Walter Chicharro, presidente da Câmara da Nazaré, disse que
“tem sido preocupação da actual gestão autárquica tornar o espaço público (marginal, praia e edifícios públicos) acessível a todos”.
Caldas da Rainha foi o primeiro município a ter um percurso de turismo acessível.