Munícipe queixa-se da qualidade da água da rede pública

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Aspeto da água quando chega a casa de Rui Gomes

Os SMAS têm conhecimento da situação e garantem que estão a intervir no local

Rui Gomes reside na Malasía (Alvorninha) há cerca de um ano. Há já algum tempo que “estranhava” a qualidade da água da rede pública que lhe chegava a casa e, em agosto passado, quando esteve de férias, reparou que a água canalizada vinha “muitas vezes acastanhada” e que, inclusive, as loiças da casa de banho que estavam em contato com a água estavam a ficar amarelas. À Gazeta das Caldas, Rui Gomes diz que já reclamou da situação junto dos Serviços Municipalizados (SMAS) das Caldas da Rainha, mas que não obteve solução para esta situação. “Dizem que sou o único a reclamar mas há mais pessoas que me dizem que, de volta e meia, a água aparece castanha”, refere, fazendo notar que não se trata de um caso isolado. O mais curioso, reconhece este munícipe, é que trabalha na EPAL a controlar a qualidade da água de metade do país e quando chega a casa não utiliza a água da rede pública para beber e cozinhar. “Nós pagamos para ter água em quantidade e qualidade, mas neste caso não acontece, não tenho confiança para a utilizar”, sublinha.
Questionada pela Gazeta das Caldas, a administração dos SMAS dizem ter conhecimento desta situação e que tem merecido da sua parte “uma permanente atenção”. Referem que efetuaram uma intervenção na rua em causa, substituindo a união de condutas, de modo a que ficasse em anel e permitisse a circulação de água. “Foi criada uma purga no ramal dessa casa, para descargas de água” e feita a “limpeza e higienização do reservatório que abastece esta residência na Malasía”, referem os serviços municipalizados, que ainda colocaram válvulas novas entre a Rua da Mina e a Rua Principal. “Pelo menos duas a três vezes por semana os nossos funcionários vão purgar a zona”, concretiza.
Os SMAS garantem que não receberam mais nenhuma queixa e referem que está também prevista a substituição do ramal e, paralelamente, a abertura de procedimento para lavagem e desinfeção da conduta principal, numa extensão de 3,5 quilómetros.
A mesma entidade lembra que há quatro anos que são contemplados com o selo de qualidade exemplar de água para consumo humano e reitera que está a tentar resolver este caso “enigmático”. ■

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