Multidão confirmou sucesso da Mostra de Doces e Licores Conventuais

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Foram mais de 35 mil as pessoas que entre os dias 15 e 18 de Novembro passaram pelo Mosteiro de Alcobaça para degustar alguns dos mais bem guardados segredos das cozinhas dos mosteiros e conventos espalhados pela Europa. Toneladas de ovos e açúcar foram usadas na confecção das iguarias que mais uma vez transformaram a abadia alcobacense na casa-mãe da doçaria conventual. E para ajudar na digestão de tão faustosas e calóricas tentações, nada melhor que uma ginjinha de Alcobaça, um licor de Singevergar ou de outras localidades na XIV Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais.
O Irmão Luís, do Mosteiro de Santa María a Real de Oseira (Espanha) já participa neste certame há seis anos. E a cada regresso aumenta “a vontade de voltar e a admiração e o afecto profundo pelos portugueses”, que diz serem um povo “com enorme criatividade”. Para o religioso, que no evento alcobacense vende licores e chocolates, esta é “uma mostra internacional de primeira categoria que permite o contacto com produtos de grande qualidade e gente de vários lados”.
Uma opinião partilhada pela vereadora da Cultura da Câmara de Alcobaça, Mónica Baptista, que não podia estar mais satisfeita com a adesão ao evento, dado os tempos de crise. “Quase todos os participantes estavam satisfeitos no final de domingo. Alguns não terão vendido tanto como noutros anos, mas muitos tinham as bancas completamente vazias”, diz.
A ajudar às vendas esteve a promoção feita durante todo o fim-de-semana, com reportagens para o programa Portugal no Coração da RTP na tarde de sábado e com a emissão, em directo da frente do Mosteiro, do Somos Portugal, da TVI na tarde de domingo. Um programa que encheu por completo a Praça 25 de Abril, numa afluência que, de acordo com Mónica Baptista, não se ficou pela festa nas ruas.
“Grande parte entrou e comprou. Chegámos a ter que encerrar a bilheteira por questões de segurança e criar uma segunda saída, além de prolongarmos o horário”, contou a vereadora. “Foi um fim-de-semana bastante proveitoso, não só para os doces, mas também para o comércio local”, acrescentou.
Pela primeira vez, os comerciantes do centro histórico de Alcobaça aproveitaram a realização dos doces e abriram as suas portas na tarde de domingo, quando noutros anos apenas alguns o faziam.
Já no dia da inauguração da mostra o presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, tinha salientado o sucesso das outras edições, admitindo ter “consciência da responsabilidade” que recai sobre a organização. Ainda que a afluência não tenha chegado aos 50 mil visitantes, a meta que tinha sido estabelecida pelo autarca, a prova foi, mais uma vez, bem sucedida.
Por isso, e ainda que em 2013 haja eleições autárquicas e o executivo camarário possa sofrer alterações, Mónica Baptista diz que “este evento não é, de todo, para abandonar”. A Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais é “uma marca para a cidade e para o concelho que não pode ser posta em causa”.

Joana Fialho

jfialho@gazetadascaldas.pt

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