“Mulheres que se sabem defender são mulheres mais confiantes”

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Maria Baptista exemplificou vários golpes de defesa com o seu parceiro de treino Filipe Noronha | Beatriz Raposo

Maria Baptista, 5º Grau Cinturão Negro de Kempo Chinês e presidente da Associação de Kempo Chinês das Caldas da Rainha, esteve no ginásio Oxygen – Gym and Fitness com o seu parceiro de treino, Filipe Noronha, a coordenar um workshop de defesa pessoal feminina. Participaram 20 mulheres neste evento que teve entrada gratuita.

Em cerca de duas horas, as participantes aprenderam golpes básicos que se podem revelar úteis numa situação de ataque. Foram treinados vários cenários de agressão, desde o simples puxão pela mão ou ombro, ao esticão do cabelo ou da mala e ainda a possibilidade de estrangulamento (quando a mulher fica encurralada, encostada a uma parede, por exemplo).
“O meu objectivo com este workshop não é representar o Kempo Chinês, mas sim as mulheres. Demonstrar-lhes que se podem defender tão bem ou melhor do que os homens, ensinar-lhes a ficarem em pé de igualdade”, disse Maria Baptista, 20 anos, assegurando que “uma mulher que se sabe defender é uma mulher mais confiante”.  Para dar mais realismo às situações de ataque, Maria Baptista exemplificou os golpes com o colega Filipe Noronha. “Trouxe um homem comigo precisamente para que as participantes percebam que conseguimos dar conta de um agressor com o dobro do nosso tamanho”, explicou.
Ao contrário do que pensa a maioria das mulheres, ter força não é o mais essencial para uma boa defesa. Mais importantes são os golpes certeiros, dados em zonas mais sensíveis do corpo, e que podem deixar o atacante inconsciente. Como as costelas, os genitais, os joelhos, o pescoço, nuca, ou têmporas. Proteger sempre a cabeça e nunca perder o contacto visual (mesmo quando o agressor já está caído no chão) foram outros dos conselhos úteis dados por Maria Baptista.
“Não existe uma única forma de nos defendermos, mas a maneira de atacar nunca varia muito, por isso é importante saber interpretar os sinais do atacante para que a nossa resposta seja o  mais rápida possível”, afirmou a atleta.
Embora as duas horas tenham sido insuficientes para as aprendizes executarem todas as técnicas com perfeição, Maria Bapista assegurou que foi possível “aprender o básico e abrir mentalidades”, acrescentando que o próximo objectivo é cativar alunas para um mini-curso de defesa pessoal.
Sérgio Cruz, proprietário do Oxygen – Gym and Fitness, disse à Gazeta das Caldas que inicialmente o workshop estava previsto realizar-se no Dia da Mulher, mas que não foi possível coincidi-lo com esta data. “Por isso decidimos organizar um dia aberto a toda a comunidade feminina, não só para que as participantes aprendessem noções básicas de defesa, mas também para que conhecessem as instalações do ginásio”.

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