Morreu o antigo diretor do hospital das Caldas, o caldense Mário Gonçalves
Faleceu, a 10 de outubro, o cirurgião caldense Mário Gonçalves, vítima de doença. Tinha 92 anos e era uma referência na sua terra natal e a “alma mater” do Hospital Distrital.
Nasceu em 1931 no centro das Caldas e por cá viveu a sua infância e adolescência. Mário Gonçalves frequentou o ensino primário no Colégio Lusitano, na Rua de Camões e o ensino liceal no Colégio Ramalho Ortigão. Em Março de 1967 foi mobilizado para Timor, em comissão de serviço militar obrigatório, onde esteve dois anos como chefe de serviço de cirurgia.
Regressou à sua terra natal e durante 30 anos trabalhou no Hospital das Caldas, 24 dos quais em cargos de direção. Chegou ainda a ser cirurgião do Montepio.
Além de médico ilustre, foi um homem ligado à intervenção cívica e à cultura, tendo sido deputado municipal em vários mandatos, pertencido à Casa da Cultura, à direção do Grupo dos Amigos do Museu da Cerâmica, à fundação e direção da Liga dos Amigos do Museu de José Malhoa e ao Conselho da Cidade – Associação para a Cidadania. Esteve também ligado ao Centro do Património da Estremadura e ao Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor.
Quando se reformou, em 1999, Mário Gonçalves foi alvo de homenagens, feitas por várias entidades locais. Numa delas foram reunidos depoimentos e testemunhos de 55 cidadãos sobre o seu percurso, médicos na sua maioria, num livro editado pelo PH – Património Histórico. A dedicatória inicial foi subscrita por Jorge Sampaio, à data Presidente da República. Era também um amigo da Gazeta das Caldas tendo colaborado com este semanário ao longo da sua vida. Nos 95 anos do jornal foi-lhe feito mais um reconhecimento. Gazeta das Caldas testemunha à família os seus pêsames. ■































