No sábado, 3 de Novembro, centenas de caldenses assinaram o abaixo-assinado, na Rua Almirante Cândido dos Reis (Rua das Montras), a favor da memória da Secla. Pretende-se que o promotor, que vai construir um hotel e um hipermercado possa preservar uma área no edifício principal, destinada a museu de modo a recordar condignamente o que foi aquela unidade industrial.
A recolha está a ser coordenada pelo Movimento Viver o Concelho (MVC) e até agora já estão reunidas mais de 700 assinaturas.
“Temos várias pessoas a recolher assinaturas pelo concelho”, disse Maria Teresa Serrenho, líder do MVC, acrescentando que se constata uma grande adesão das pessoas que quando percebem o que se passa “acabam todas por assinar”.
Entre os signatários estão caldenses e obidenses dado que na fábrica também trabalhava gente do concelho vizinho. Unidos neste propósito estão autarcas e antigos presidentes e vereadores que gostariam que a memória da fábrica fosse defendida e preservada.
Um dos mais acérrimos defensores desta causa é o ex-presidente da Câmara, Fernando Costa, mas entre os signatários está, por exemplo, o ex-vereador Rui Gomes, também do PSD. Jaime Neto (PS) e o ex-vereador do CDS, Rui Gonçalves, marcaram igualmente presença na recolha e iam explicando aos transeuntes tudo o que estava em causa.
Este movimento de cidadãos vai em breve à Assembleia Municipal para levar o abaixo-assinado à Câmara, dando a conhecer as reivindicações da população. “A autarquia existe para servir os caldenses, não há ninguém que fique prejudicado com esta preservação da memória”, disse Maria Teresa Serrenho, acrescentando que o próprio promotor também terá benefícios se for criado esse espaço de preservação da memória. Além da área museológica, o movimento de cidadãos também acha que poderiam ser criadas oficinas onde fosse possível recordar o trabalho que foi feito na Secla. A instalação destes espaços ficaria a cargo da autarquia.






























