Um pouco por toda a região há queixas relativamente ao sistema de esgotos. Esta semana, na Usseira (Óbidos), houve um vazamento de esgotos para a via pública que gerou indignação dos moradores.
Na Usseira (Óbidos), na Rua Manuel Teotónio, há uma zona que até há cerca de um ano não tinha esgotos. As canalizações foram instaladas, mas a fossa não tem saída, pelo que tem de ser constantemente despejada pela autarquia. Na zona mais baixa, o volume de dejectos faz duas tampas de esgoto levantar gerando-se um vazamento para a via pública, que causou indignação dos moradores da zona. Estes queixam-se, além do mau cheiro, do ajuntamento de mosquitos e melgas.
A autarquia, através do vice-presidente Pedro Félix, esclareceu que na altura da construção se verificou “a existência de água de nascente que, com alguma abundância, entra dentro do sistema” e explicou que “os trabalhos de selagem das caixas de visita serão realizados durante o mês de Agosto, quando o caudal é menor”.
O autarca deixou ainda um aviso: “o colector não está em funcionamento e não é permitida a ligação de qualquer ramal de esgoto até à execução da segunda fase da empreitada, que consta da construção de uma Elevatória de Águas Residuais, que se prevê o seu início até ao final do ano”.
RIBEIRA POLUÍDA DESAGUA NA BAÍA
Em São Martinho do Porto um morador denunciou que a ribeira do Matadouro, naquela localidade, tem servido como esgoto a céu aberto a várias habitações. Em declarações ao jornal Região de Cister, Hermínio Rodrigues, vereador da Câmara de Alcobaça com o pelouro do ambiente, disse que “há cerca de quatro anos a autarquia reparou toda a linha de água com a construção de um colector”.
Esta seria uma forma de evitar que os esgotos desaguassem na baía e, segundo o autarca, desde então apenas se têm registado “situações raras em locais muito específicos”.
Posteriormente, à Gazeta das Caldas Hermínio Rodrigues disse que a autarquia tem uma equipa no local, onde procuram fazer um levantamento e descobrir a origem das descargas.
“Não é uma grande quantidade, mas obviamente que queremos manter a ribeira o mais limpa possível, portanto queremos descobrir de onde vem”, garantiu ao nosso jornal.
O autarca esclareceu que se trata de uma zona apenas com habitações, sem armazéns ou empresas de grande dimensão. E assegurou que este incidente “não coloca em causa a bandeira azul em S. Martinho” e que todas as análises têm sido “excelentes”.
Já nas Caldas foi recentemente admitido que há descargas de esgotos para a Lagoa de Óbidos. Numa carta à Comissão Cívica de Protecção e das Linhas de Água e Ambiente de Caldas da Rainha, o chefe de gabinete do secretário de Estado do Ambiente admitia que “em períodos de grande pluviosidade os descarregadores de tempestade não têm capacidade para o caudal afluente, possibilitando assim que parte das águas residuais urbanas entrem na rede pluvial que descarrega na Lagoa de Óbidos”.
No mesmo documento lia-se ainda que a autarquia tem criado redes separativas na cidade para resolver o problema e que está prevista a remodelação da ETAR das Caldas da Rainha.































