Os elementos da Associação de Moradores do Casal da Avarela não foram recebidos pelo secretário de Estado, mas deixaram-lhe abundante documentação sobre os danos provocados pela pedreira | DR

Um grupo de elementos da Associação de Moradores do Casal da Avarela (Óbidos) esteve no passado dia 30 de Maio na Secretaria de Estado do Ambiente, em Lisboa, onde deixou documentação que comprova os prejuízos que estão a sofrer pelo funcionamento da pedreira existente naquele local.

Esta acção vem no seguimento do pedido de autorização da empresa para alargar a sua área para mais perto das residências e interior da localidade de Avarela. A Avaliação de Impacte Ambiental está agora para despacho do secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, e os moradores querem fazer valer a sua posição, para que o parecer não seja favorável à extensão da pedreira.
De acordo com Eduardo Firmino, da associação de moradores, o governante não estava presente, pelo que ficaram de solicitar formalmente a marcação de uma reunião com Carlos Martins para abordarem este assunto. No entanto, deixaram à secretária todo o processo, composto por queixas, denúncias e contestações enviadas a várias entidades, que foram apresentadas desde 2011, ano em que começaram a sentir os problemas devido à vizinhança da pedreira.
Foi ainda entregue um DVD com “fotos do local, dos danos nas residências e de infracções ambientais efectuadas pela pedreira, nomeadamente ao nível do ruído, queimadas e poeiras”, explicou Eduardo Firmino.
Os habitantes queixam-se que a pedreira a laborar a algumas dezenas de metros das habitações está a causar-lhes danos diversos, desde rachas nos tectos e paredes a quebras de vidros, colunas e pedras de cantaria, lareiras partidas e azulejos rachados. Denunciam ainda danos na saúde, falta de sossego e descanso dos moradores e prejuízos nos empreendimentos turísticos da área.
Uma delegação de “Os Verdes”, juntamente com um deputado municipal do PCP de Óbidos, já visitou o local e entretanto já questionaram o governo sobre este assunto.
Também os deputados municipais de Óbidos aprovaram, por unanimidade, em finais de Fevereiro, a criação de uma comissão de acompanhamento dos problemas provocados pela pedreira e aviário da Avarela, após proposta do deputado comunista Rui Raposo.

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