Administração e trabalhadores da Molde reagiram da melhor forma possível ao incêndio nas suas instalações na zona industrial, na madrugada de 28 de Fevereiro: na segunda-feira seguinte, 2 de Março, a fábrica de cerâmica já estava a laborar quase a 100%. Apesar deste grave incidente, todos os cerca de 120 postos de trabalhos estão assegurados.
O fogo deflagrou cerca das 2h30 da manhã do dia 28 numa zona do primeiro andar onde funcionava a secção de embalagem da fábrica, a qual ficou totalmente destruída. No entanto, só esta zona e a respectiva cobertura é que foram afectados pelo fogo. A maior parte do edifício escapou às chamas.
“Supõe-se que o incêndio foi ateado pela fagulha de uma chaminé”, explicou à Gazeta das Caldas Joaquim Beato, administrador da Molde. Os fornos da fábrica estão em laboração 24 horas por dia, mas o forneiro só lá está até à uma da manhã.
Estiveram no local bombeiros das corporações das Caldas da Rainha, Bombarral, São Martinho do Porto e Óbidos. O rescaldo foi mais demorado que o combate, tendo sido dado como terminado ao meio-dia. Logo às duas da tarde de sexta-feira todos os funcionários da Molde puseram mãos à obra e no sábado à noite já toda a secção estava limpa. No domingo a administração e alguns funcionários estiveram a delinear a melhor estratégia para que logo na segunda-feira iniciassem a laboração.
A maior parte das secções estão a trabalhar normalmente e os funcionários do armazém começaram a semana a preparar todo o material que pudesse ser enviado para os clientes, de acordo com as encomendas que tinham.
Segundo Joaquim Beato, “o nosso plano e da companhia de seguros Zurich é que na terça-feira seja adjudicada a obra [de reconstrução] e que na quarta-feira de manhã o empreiteiro seleccionado dê início à mesma”. Está previsto que dentro de duas semanas o telhado esteja reconstruído. As restantes obras que serão menos importantes para a produção irão demorar mais algum tempo.
O administrador da Molde não contabilizou ainda os prejuízos totais, mas garante que não vai baixar os braços nem despedir nenhum funcionário. “A empresa tem muitas encomendas e a confiança dos clientes”, referiu. Ainda visivelmente consternado com o sucedido, e com marcas de muito cansaço no rosto, Joaquim Beato elogiou a capacidade de resiliência que todos demonstraram. “Aproveitamos estas ocasiões para reformular o que fazemos e possivelmente a fábrica até arrancará melhor”, referiu.
A reacção positiva por parte dos trabalhadores não o surpreendeu porque “sei bem a equipa que tenho”. Para além de agradecer “encarecidamente” a todos os funcionários, a administração da Molde agradece ainda aos bombeiros, à Câmara e à PSP por tudo o que fizeram “que foi crucial para vencer rapidamente esta tragédia”.






























