O Centro de Recursos da Santa Casa da Misericórdia das Caldas da Rainha vai integrar a rede Dar e Receber, que proporciona bens não alimentares e equipamentos a famílias carenciadas e instituições de solidariedade social. Esta rede teve uma apresentação formal às instituições de solidariedade social caldenses no passado dia 15, com a presença de Isabel Jonet, presidente da associação Entreajuda.
O Centro de Recursos da Santa Casa, que se situa nas antigas instalações do colégio Ramalho Ortigão, já funciona nos mesmos moldes da rede Dar e Receber, recebendo de particulares e empresas bens não alimentares – como vestuário, calçado, mobiliário ou electrodomésticos – que distribui por famílias carenciadas.
Com esta integração na rede nacional promovida pela associação Entreajuda, o centro de recursos da instituição caldense vai beneficiar do trabalho em rede com os restantes espaços Dar e Receber do país e também de uma ferramenta informática que permite gerir os stocks e as necessidades.
Lalanda Ribeiro, presidente da Santa Casa da Misericórdia das
Caldas a Rainha, disse à Gazeta das Caldas que esta integração é benéfica pelo trabalho em rede.
“Podemos fornecer ou ir buscar bens que sejam necessários a outros pontos do país”, refere.
O presidente da instituição adianta que os bens que têm chegado ao centro são sobretudo doados por particulares e têm sido suficientes para as necessidades. No entanto, acrescenta que nesta altura há falta de uma cama de casal, para a qual até existe colchão. A entrada na rede vai permitir encontrar essa cama.
A REDE DAR E RECEBER
- publicidade -
A Dar e Receber é, à imagem do Banco Alimentar Contra a Fome, uma plataforma que permite gerir os stocks provenientes das doações e as necessidades das famílias carenciadas e das instituições de solidariedade social. A plataforma funciona online (darereceber.pt).
Isabel Jonet explicou nas Caldas, numa sessão realizada no auditório da Câmara, que o objectivo da rede é sensibilizar as pessoas que os bens de que já não necessitam podem ter um novo uso. Caso estes estejam em bom estado, são distribuídos pelos carenciados. Caso contrário são reciclados.
Os bens em boas condições são encaminhados através das plataformas geridas por instituições de solidariedade social. Isabel Jonet explicou que este método permite que os equipamentos cheguem a quem deles precisa e não ao que chamou de “profissionais da pobreza”, que se aproveitam da generosidade alheia para fazer dinheiro com a venda dos bens.
A rede tem uma sede em Lisboa e tem trabalhado para angariar parceiros para gerir espaços em diversos pontos do país. O trabalho de proximidade pretende envolver também as autarquias, que proporcionam o transporte dos bens, agilizando os processos.