Ministro da Saúde anuncia calendarização do novo hospital até junho de 2023

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O governante visitou as instalações do Hospital das Caldas e reuniu com o Conselho de Administração do CHO

Na visita ao hospital das Caldas reconheceu que as estruturas estão obsoletas e a necessidade de um novo hospital, mas mostrou-se satisfeito com o que viu.

O primeiro semestre do próximo ano é a data avançada pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, para se comprometer com uma calendarização do novo Hospital do Oeste. A garantia foi dada à saída de uma visita ao Hospital das Caldas da Rainha, na manhã de segunda-feira (3 de outubro).
De acordo com o governante, o estudo encomendado à Universidade Nova, que avança com a localização mais adequada e o perfil da unidade de saúde, está praticamente concluído e, logo que tenha as conclusões, pretende dialogar com as autarquias para chegar a um entendimento.
Na visita à unidade das Caldas do CHO, o ministro da Saúde reconheceu as suas dificuldades por causa das infraestruturas, antigas e que não estão adaptadas a todas as necessidades, assim como ao nível de recursos humanos. No entanto, não deixou de manifestar que viu “serviços a funcionar em pleno, com uma grande dedicação dos seus profissionais”, que lhe permite transmitir uma imagem de tranquilidade.
Questionado sobre os problemas recentes que envolveram o serviço de Obstetrícia, o governante disse apenas que viu uma “Maternidade que funciona bem, com profissionais competentes e enorme carinho pelas mães, filhos e famílias, que merece a confiança da população desta zona”.
Relativamente à falta de recursos humanos, o governante disse não ter uma “bolsa milagrosa” para resolver todos os problemas, mas garantiu que a equipa ministerial, a futura direção executiva do SNS e os hospitais públicos estão a trabalhar para resolver essas carências, enquanto perspetivam o novo hospital.
As dificuldades existentes ao nível das infraestruturas dificultam o avanço de projetos, como a criação da Unidade de Cuidados Intensivos, mas a sua dotação orçamental está inscrita no orlamento do CHO e a tutela está a estudar as condições técnicas. “Todas estas unidades de saúde estão relativamente obsoletas para aquilo que seria uma construção hospitalar moderna”, considera Manuel Pizarro.
Também a presidente do Conselho de Administração do CHO, Elsa Baião, reconhece as dificuldades do centro hospitalar, com infraestruturas desadequadas e a precisar de reabilitação. “Ao nível das Urgências temos constrangimentos de espaço, recursos, pela própria organização dos serviços”, reconheceu, acrescentando que Manuel Pizarro mostrou-se sensível para estas necessidades de adaptação. Por outro lado, a responsável realça que há muitos outros serviços que funcionam bem, destacando que de 2019 para 2022 foram feitas mais 10% de consultas.
O porta voz da Comissão Cívica de Utentes do CHO, Vítor Dinis, entregou uma carta a Manuel Pizarro a lembrar que está pendente uma resposta ao memorando enviado há cinco meses, com as reivindicações que consideram necessárias para a saúde no Oeste e a pedir uma resposta por parte do governante.

Nota de protesto
No mesmo dia, a Câmara das Caldas enviou ao ministro da Saúde uma nota de protesto pelo facto de o presidente da Câmara não ter sido convidado a acompanhar a visita efetuada ao hospital caldense. Na missiva enviada Vítor Marques refere que a responsabilidade desta decisão é “atentatória dos mais elementares princípios e regras de vivência democrática e desrespeitosa para com a população do concelho das Caldas da Rainha”, sobretudo quando a autarquia já tinha enviado um convite ao governante, a 23 de setembro, para visitar o concelho ou agendar uma audiência, sem que obtivesse resposta. 6

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