Ministro anuncia local do novo hospital do Oeste até 31 de março

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Ministro da Saúde colocou em cima da mesa a possibilidade do novo Hospital do Oeste poder constituir uma parceria público privada para construção e exploração

Manuel Pizarro reuniu em Torres Vedras pela primeira vez com os autarcas da Comunidade Intermunicipal do Oeste.

O ministro da Saúde prometeu revelar a localização do novo Hospital do Oeste até 31 de março de 2023, decorrendo até lá uma avaliação técnica da primeira parte do estudo desenvolvido pela Nova para a Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCIM).
A promessa foi feita por Manuel Pizarro, na passada segunda-feira, em Torres Vedras, onde reuniu pela primeira vez com os 12 autarcas da região para abordar este dossiê, tendo recebido na ocasião a segunda parte do estudo que aborda as questões ligadas às valências do novo hospital e, ainda, do aproveitamento futuro das atuais unidades hospitalares. O governante não quer antecipar nenhum local para a construção do equipamento antes de receber dos serviços que tutela uma informação final, garantindo que a decisão será “conversada” com a OesteCIM, mas é exclusivamente sua.
O próximo Orçamento de Estado inclui pela primeira vez a construção do Hospital do Oeste e refere que até final do primeiro semestre está prevista “a definição da localização e do programa funcional”. Para tal será determinante também o estudo agora entregue, ao qual o governante, questionado pela Gazeta, “atribui um enorme valor” e que “fornece pistas, propostas e análise técnica para uma solução”, estando muito bem fundamentado”. Contudo, também considera que o mesmo “não está fechado ou é definitivo porque tem em vários domínios, alternativas que podem ser aprofundadas do ponto de vista técnico”. Só depois de ponderados estes aspetos poderá ser anunciado o calendário definitivo para a execução do investimento.
Manuel Pizarro garante a construção do futuro hospital, “por ser uma grande necessidade” para a região e que, quanto ao seu financiamento e manutenção, poderá passar pela constituição de uma parceria público privada, “sem ser com recurso ao Orçamento de Estado”. “Procuraremos implementar [a construção] no mais curto espaço de tempo possível”, dado que “não há nenhum condicionamento orçamental” nesta fase do processo.
Até lá serão realizados investimentos de conservação dos atuais hospitais públicos oestinos pouco vultuosas e, sobre o projeto de dotar o Centro Hospitalar do Oeste com uma unidade de cuidados intensivos, prometida anteriormente pelo Ministério da Saúde, colocou algumas reservas, porque esta valência “tem de ser muito bem estudada se é tecnicamente e financeiramente exequível”, apesar da necessidade.
Pedro Folgado, presidente da OesteCIM, ficou satisfeito com o resultado do encontro, porque ficou assumido um “compromisso” para a concretização efetiva do novo hospital. “Desbloqueámos um tema que há muitos anos se arrastava”, recordou à Gazeta, destacando que os autarcas ainda não analisaram o estudo “em detalhe”.

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