Ministra da Saúde manda estudar os custos de um novo hospital do Oeste

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Enquanto não houver novo hospital, a unidade caldense vai continuar a receber alguns investimentos

A ministra da Saúde, Marta Temido, já deu ordens para a criação de um grupo de trabalho destinado a estudar as valências e os custos de um novo hospital no Oeste. A informação foi dada pela governante às comissões da Saúde (composta por elementos das assembleias municipais das Caldas, Peniche e Torres Vedras) e de utentes do CHO, com quem reuniu no passado dia 23 de Julho, embora em encontros em separados.
Marta Temido não se comprometeu com a obra do novo hospital nem com prazos.

 

Marta Temido já deu despacho para a criação de uma comissão para elaborar um estudo sobre as necessidades, valências e custos previstos de um novo hospital no Oeste. Este grupo será composto por membros da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, Administração Central do Sistema de Saúde e da administração do CHO. A governante não quis, nesta fase, a integração de elementos da OesteCIM nesta comissão.
Lalanda Ribeiro, presidente da Assembleia Municipal caldense, contou à Gazeta das Caldas que a comissão de saúde propôs à ministra que os autarcas também participassem nesse grupo de trabalho, mas esta recusou para sublinhar que este era um estudo essencialmente técnico e não político.
Marta Temido também não se comprometeu com datas para o novo hospital, informando as comissões que o governo ainda vai avançar primeiro com os hospitais de Lisboa Oriental, do Seixal e de Sintra (este com obra já em curso).
De acordo com Lalanda Ribeiro, a governante disse que “ainda não há certeza de haver fundos comunitários no programa 20/30, mas estão a ser feitas diligências nesse sentido”. Já em relação aos actuais hospitais serão feitos investimentos, nomeadamente para melhoria das Urgências de Torres Vedras. Também já está a decorrer um concurso para a aquisição de equipamentos para as novas Urgências das Caldas da Rainha.
Nesta reunião, onde participaram autarcas e membros das assembleias municipais das Caldas, Torres Vedras e Peniche, ficou ainda marcado novo encontro, para depois das eleições legislativas.

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Vítor Dinis acredita no hospital em quatro anos

Vitor Dinis, porta-voz da Comissão de Utentes do CHO, mostra-se convicto de que o novo hospital começará a ser construído “nos próximos quatro anos, dada a preocupação da ministra com este processo”. Este responsável também reuniu com a governante e saiu muito optimista do encontro.
De acordo com o representante da Comissão de Utentes, Marta Temido já “reuniu duas vezes com o primeiro-ministro e que já estão a haver conversas nesse sentido [da construção do hospital]”, e que irá aproveitar a colaboração da OesteCIM, que já se disponibilizou para fazer um estudo que apontará o local onde deve ser construído o equipamento público.
Vitor Dinis informou ainda que a comissão de utentes estará representada no grupo de trabalho que a ministra vai criar. A localização do novo hospital não foi abordada na reunião.
O encontro serviu também para falar sobre a situação actual do CHO, com a governante a comprometer-se com investimentos em equipamentos nos hospitais de Torres e das Caldas, assim como a realização de algumas obras, como é o caso da impermeabilização do tecto do Serviço de Cardiologia do hospital caldense.
No que respeita à hospitalização domiciliária, está prevista a entrega de quatro viaturas para ficarem afectas a este serviço.
“A ministra garantiu que, tirando estas pequenas obras, o governo não fará investimento no CHO porque não faz sentido estar a gastar dinheiro quando se está a pensar seriamente num novo hospital”, resumiu Vitor Dinis. Este responsável ficou ainda a saber que o contrato anual de verba para o CHO teve um aumento de 9,6% relativamente ao montante inicial de sete milhões de euros.

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