Ministra da Saúde confirma construção de novo Hospital no Oeste

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Presidente da OesteCIM destaca o compromisso da tutela e que o concurso para projeto será lançado no primeiro semestre de 2025

Os 12 autarcas do Oeste reuniram com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, na passada terça-feira, onde foi-lhes confirmada a intenção do Governo em construir um novo hospital no Oeste. Um compromisso que agradou aos autarcas, que ficaram ainda a saber que “em princípio, no primeiro semestre de 2025 será aberto o concurso para o projeto”, explicou o presidente da OesteCIM, Pedro Folgado, acrescentando que, está ainda a ser estudado o dossier que define o modelo de construção: se será uma Parceria Público Privada ou de investimento exclusivamente público, através do Orçamento Geral do Estado. A governante acredita que até ao final do ano terá um parecer para decidir o que fazer, ao mesmo tempo que estão a estudar a funcionalidade do novo hospital.
Sobre a localização a ministra nada disse, remetendo uma decisão para depois. “Penso que quando abrir concurso, no primeiro semestre de 2025, aí já terá de se saber onde é a localização”, refere Pedro Folgado à Gazeta das Caldas. Ana Paula Martins informou ainda os autarcas que, independentemente da decisão, o hospital “irá demorar uns anos a ser construído”.
Relativamente à falta de médicos de família, a governante reconheceu que é um problema que atinge algumas zonas do país, nomeadamente Algarve e a região de Lisboa e Vale do Tejo e, embora sem soluções a curto prazo, informou da abertura de um concurso nacional para a colocação de novos médicos. O ministério da Saúde pretende também continuar com estratégias para tentar minimizar a falta de médicos de família, recorrendo por exemplo, ao projeto Bata Branca e às teleconsultas.
Na reunião os autarcas apresentaram também os casos concretos dos seus municípios. No caso das Caldas da Rainha, Vítor Marques abordou a falta de médicos, que afeta cerca de 50% dos utentes deste concelho. Considera “pertinentes” as soluções avançadas pela governante, nomeadamente ao nível das teleconsultas, acompanhadas por um enfermeiro. Também destaca a possibilidade, por parte da tutela, de aumentar o número de USF modelo C para a região.
À falta de médicos acresce, em alguns polos das freguesias a falta de assistentes técnicos, situação que as juntas de freguesia estão dispostas a colaborar cedendo um administrativo, temporariamente.
No que respeita aos cuidados de saúde hospitalares, nomeadamente à Obstetrícia, e depois do investimento feito na unidade caldense, esta continua fechada aos fins de semana. “É um problema que a sra ministra já tinha identificado e que na próxima semana, eventualmente, irá falar connosco sobre o assunto”, referiu o autarca, que deu nota do encerramento da unidade de cirurgia ao cancro da mama do Hospital das Caldas, assim como a candidatura para apoio a equipamentos e reabilitação do espaço físico da Gastroentrologia, que apenas viu consignado o apoio a equipamentos.
Vítor Marques entregou ainda a documentação que defende a localização do novo hospital nas Caldas, que será avaliada pela tutela, tendo em conta mais critérios e regulamentos. ■

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