Ministério do Ambiente confirma segunda fase de dragagens na lagoa

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FD-BracoBarrosa copyJá foi aprovada a candidatura a fundos comunitários que possibilita a segunda fase de dragagens na Lagoa de Óbidos. Trata-se de um investimento de 16,8 milhões de euros para uma intervenção que incidirá no desassoreamento dos braços da Barrosa e do Bom Sucesso e permitirá um aumento da superfície e volume da lagoa.
Entretanto, continua a decorrer, até finais de Fevereiro, a primeira fase da intervenção que prevê a remoção de 716 mil metros cúbicos de areia da zona de ligação ao mar, possibilitando assim um melhor funcionamento da “aberta”.
A segunda fase das dragagens na lagoa de Óbidos vai avançar, anunciou o Ministério do Ambiente a 28 de Dezembro, na sequência da aprovação da candidatura a fundos comunitários, orçada em 16,8 milhões de euros.  De acordo com nota de imprensa da tutela, no âmbito do Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR) foram aprovadas duas candidaturas relativas à “abertura artificial e acções de desassoreamento de lagoas costeiras”, na Lagoa de Óbidos e Barrinha de Esmoriz. Estas visam, na sua globalidade, a “redução da erosão costeira, a melhoria das condições hidrodinâmicas e da qualidade da água”.

Um investimento de 16,8 milhões de euros

O desassoreamento da Lagoa de Óbidos, cujo montante ronda os 16,8 milhões de euros, prevê um conjunto de dragagens que irá contribuir para o “aumento da superfície e volume da Lagoa, assim como promover uma melhoria da qualidade da água armazenada e evitar o isolamento dos Braços da Barrosa e do Bom Sucesso”, refere o documento.
Os trabalhos em questão contemplam ainda a valorização da zona a montante da foz do Rio Real. As duas candidaturas aprovadas representam um investimento de 21,5 milhões de euros, com um apoio de Fundo de Coesão no valor de 18,2 milhões de euros.
Actualmente encontra-se a decorrer a primeira fase das dragagens na lagoa. Até final de Fevereiro está prevista a retirada de 716 mil metros cúbicos de areia, numa intervenção que tem por objectivo combater o assoreamento que periodicamente fecha o canal de ligação ao mar. O conjunto das duas fases prevê a retirada de cerca de 1,5 milhões de metros cúbicos de areia de dentro da lagoa.
O presidente da Câmara, Tinta Ferreira, lembrou na Assembleia de 29 de Dezembro, que a posição da autarquia é de exigir que seja dado cumprimento ao projecto que durante 10 anos foi “estudado, apreciado, discutido  e que está a ser executado”. O autarca congratulou-se com o facto dos “esforços de todos” no sentido de sensibilizar os governos, nomeadamente o anterior (da coligação PSD-CDS/PP), tenha dado resultados.
Tinta Ferreira espera “mais contestação”

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Referindo-se à aprovação da candidatura da segunda fase, de 16,8 milhões de euros, Tinta Ferreira disse tratar-se de um investimento público avultado e que não se recorda de, nos últimos anos, ter existido nenhum próximo deste montante.
E foi anunciado pela APA que as “obras ainda iriam iniciar-se no final de 2016”, acrescentou o autarca que reconhece que a segunda fase será de mais difícil execução. “Terá mais polémica, mais contestação, mas é preciso ser feita”, disse.
Tinta Ferreira acredita que este será o último investimento público deste montante, pelo que “a seguir tem que ser feito algo para a manutenção da Lagoa”. Os dois municípios já mostraram a sua disponibilidade para adquirir uma draga pequena que possa fazer essa manutenção, sob orientação do Ministério do Ambiente.
A segunda fase de intervenção será debatida na próxima reunião da Comissão de Acompanhamento da Lagoa, prevista para finais de Fevereiro.

 

Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt

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