
O espaço tem vindo a receber acções de showcookings quinzenais. A curto prazo está prevista uma exposição de pranchas de surf e uma intervenção na decoração
O Mercado do Peixe necessitava de dinamização e a autarquia, enquanto gestora, decidiu procurar parceiros para o fazer com o tecido empresarial local. Daí nasceram acções de showcooking aos sábados de manhã, de 15 em 15 dias, que pretendem promover o que de melhor a região tem em termos gastronómicos. A primeira foi ainda em Dezembro e a mais recente no passado sábado, 15 de Fevereiro, com um showcooking de hambúrgueres de cavala, com a chef Patrícia Borges (docente do IPLeiria e autora do produto). A acompanhar, o casal Madalena Barbosa e Miguel Marques, proprietários do Baco’s Wine Bar, deu a conhecer vinhos da região.
Seguiu-se a apresentação do livro desenvolvido na Escola Superior de Tecnologia e Turismo do Mar de Peniche, “Do Mar ao Prato”, com a mesma chef e o biólogo Sérgio Leandro (sub-director daquela escola). Trata-se de uma obra que juntou um ilustrador, dois chefs e quatro biólogos marinhos e que, além das receitas, apresenta ilustrações científicas e a informação biológica sobre cada espécie utilizada (dando a conhecer dados como a relação tamanho-idade do peixe e os benefícios de cada espécie, entre outros). O livro foi lançado há quatro anos e será agora reeditado, devendo estar nas bancas até Abril deste ano. Pedro Raposo, vereador responsável por este pelouro, disse à Gazeta que entretanto surgiu a ideia de realizar uma obra semelhante, mas que seja “Da Lagoa de Óbidos ao prato”, salientando a diversidade do ecossistema por um lado e o potencial gastronómico por outro. A próxima acção no Mercado do Peixe acontece no próximo dia 29 e dedica-se ao sushi, contando com a parceria do restaurante Yasuke. Nestas acções já estão envolvidos cerca de 30 parceiros. Para o Verão está previsto um festival de marisco e um de cerveja para dinamizar aquele espaço, que, ainda no final de Março, deverá receber uma exposição de pranchas de surf, numa parceria com a Surfoz. Também para Março está prevista a abertura de hasta pública para aumentar o número de vendedores. A curto prazo está ainda pensada uma intervenção decorativa e que crie maior conforto e comodidade a quem compra e a quem vende, dando um toque de modernidade ao espaço. Entre as preocupações está a valorização da entrada no mercado. No entanto, intervenções estruturais só poderão ser feitas a partir de 2021, quando se “extingue” o projecto que foi contemplado com fundos comunitários.
Dois dos vendedores contactados pela Gazeta salientaram que estas acções são importantes na dinamização daquele espaço, mas que ainda não se sentem alterações ao nível do negócio.






























