Mercado das velharias dá vida a todo o parque

Devido à montagem dos equipamentos para a Festa dos Cavalo Lusitano, o Mercado das Velharias realizou-se no passado domingo fora do seu local habitual, tendo sido transferido para os principais arruamentos do Parque D. Carlos I.
Viu-se assim uma animação invulgar, num espaço de eleição, que tem vindo a ser progressivamente abandonado pelos caldenses, especialmente nos dias de semana e no período menos estival.
Demonstrou-se naquele dia que afinal este espaço verde tem um potencial enorme, apesar de poder existir sempre aquela crítica de que assim se está a desgastar mais aquela área verde.
Contudo, se não se investir nada no Parque, se não for utilizado, nem será o “paraíso ecológico” que alguns ambicionam, nem será um espaço ambiental de qualidade que muitos poderia fruir.
É necessário ter ali actividades que dêem retorno financeiro para assegurar a sua manutenção, porque no caso inverso, nada restará nos próximos anos.
Por exemplo, para quem visitou o Parque no passado domingo pode verificar as obras de melhoramento que estão a ser realizadas a troco da realização do Festival do Cavalo Lusitano, com a instalação de novos candeeiros, permitindo provavelmente ter a iluminação que o parque não conhece desde o século passado.
Não há milagres e num país em que se desinveste em tudo o que é público e que o cidadão comum se nega a custear directamente o uso destes espaços livres, só há uma solução: desenvolver algumas actividades (que não prejudiquem profundamente o espaço) e que tenham retorno, assegurando a sustentabilidade do mesmo.
Por esse mundo fora há milhares de bons exemplo. Não é preciso inventar nada, apenas é importante fazer algumas adaptações a cada realidade concreta.
Só é pena que as autoridades locais não vislumbrem em iniciativas como esta, que nasceram de forma natural, um potencial que merecia uma promoção a nível nacional e que atrairia muito mais gente, que aumentaria a actividade económica da cidade e dos arredores.

JLAS