O Mercadinho das Águas Santas anima há um ano os sábados no Bairro da Ponte, nas Caldas da Rainha. Esta é uma iniciativa de dois comerciantes daquele bairro, com o propósito de o dinamizar. Agora querem dar maior projecção ao evento, de modo a torná-lo uma referência, para que ali possa atrair cada vez mais pessoas.

No passado sábado realizou-se mais uma edição do Mercadinho das Águas Santas, no Largo Frederico Pinto Basto, no Bairro da Ponte. Trata-se de um pequeno mercado semanal de artesanato, que junta também gastronomia e cultura.
Rita Teresa foi a impulsionadora deste certame que no próximo mês de Setembro assinalará o primeiro ano de actividade.
Há 32 anos que Rita Teresa explora um salão de cabeleireiro no Bairro da Ponte. Nas horas vagas dedica-se às artes plásticas, tendo já realizado várias exposições na cidade. Criar o Mercadinho das Águas Santas foi o juntar do gosto pelo bairro e pelas artes. “É uma zona da cidade que tem muito comércio, mas precisava de ter mais vida. Era preciso fazer qualquer coisa para chamar mais pessoas, e para que os moradores pudessem também encontrar-se e conversar”, explicou à Gazeta das Caldas.
Uniu esforços com outro empresário do Bairro, Vítor Brito, proprietário do Café Creme. Ambos associaram-se aos Pimpões e reuniram o apoio da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro. Assim nasceu o mercadinho, que além de fomentar o convívio entre os moradores, pretende também atrair visitantes àquela zona da cidade e mostrar que também ali se vive a cultura e a arte.
Uma das características do mercado é não ser estático. Quem o visita irá encontrar todas as semanas algo novo. Uma das novidades mais recentes é uma banca para troca de livros, onde qualquer pessoa pode levar um livro gratuitamente e deixar outros que já não precisa.
Aos artistas e artesãos locais, juntam-se outros vindos de fora. Esta semana, era possível encontrar uma banca com produtos regionais de Pedrógão Grande.
“Temos sempre exposições novas, artesanato e gastronomia também”, realça Rita Teresa, que quer agora melhorar a parte da animação, quando o evento regressar a 14 de Setembro. “Queremos apostar mais nessa parte, ter cá músicos, bandas, teatro ou outras actividades que as pessoas queiram trazer”, acrescenta.
A dificuldade em fazê-lo até esta altura tem sido o pagamento de honorários, o que só será possível com apoios externos. No entanto, esta é uma necessidade para que a iniciativa possa crescer em termos de visitantes.
Os organizadores estão também a criar uma imagem própria para o mercado, através da construção de bancas próprias, uma vez que até agora o espaço funcionava com bancas emprestadas.
Sendo um evento sem fins lucrativos, a participação não tem custos. “Qualquer pessoa pode trazer os seus produtos e fazer a sua exposição ou venda, só tem que se inscrever antecipadamente”, refere Rita Teresa.































