Mentes Solidárias adia organização de iniciativas

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Após um ano de intensa actividade, onde não faltaram iniciativas sensibilizadoras, o movimento Mentes Solidárias veio anunciar que, por motivos que não controla, não poderá realizar as mesmas actividades este ano, não querendo isto dizer que irá desaparecer.
Este movimento já é conhecido nas Caldas da Rainha devido às várias actividades que organizou recentemente, nas quais procuram desconstruir o conceito de doença mental na comunidade e angariar meios para desenvolver várias iniciativas, como  foi o caso de ateliers de pintura e de escultura e outras oficinais artísticas entre as pessoas com doenças mentais.

A psiquiatra Paula Carvalho explica que “este ano não tínhamos condições para voltar fazer iniciativas, porque não tínhamos estabilidade com o CHON”. O grupo tinha intenções de realizar uma passagem de modelos e, usando essa premissa, falar dos problemas de auto-estima e da noção de imagem e identidade e também dos distúrbios alimentares. Mas a Saúde Mental e Psiquiatria do Hospital Termal está em fase de passar a departamento, pelo que surgem cada vez mais impedimentos para que este movimento consiga organizar as mesmas iniciativas que no ano anterior.
Apesar destes impedimentos, o Núcleo de Intervenção na Área da Saúde Mental (NIASM) que organizou o movimento, realizou outras iniciativas e intervenções sociais. A enfermeira Lídia Corado dá como exemplo que este ano, em vez de as pessoas da região (o movimento lida com utentes das Caldas, Peniche, Óbidos, Bombarral, Nazaré e Alcobaça), terem de se dirigir à cidade, equipas comunitárias irão fazer a visita inversa. “Especialistas de Psiquiatria na infância e na adolescência, de adultos e de terapia familiar irão deslocar-se aos centros de saúde”, anuncia Lida Corado, embora não possa garantir quando porque o assunto ainda está a ser tratado.
Mentes Solidários é formado também por Ana Monteiro, Cristina Ribeiro e Nuno Borda de Água. Todos lamentam não poder manter o mesmo ritmo de iniciativas, mas garantem que, logo que haja possibilidade, voltarão a trabalhar para sensibilizar a comunidade para a integração das pessoas com doença mental na comunidade.

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Marina Araújo
m.araujo@gazetadascaldas.pt

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