No passado dia 27 de Julho o secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, deslocou-se ao Centro Comunitário de Desenvolvimento do Landal (CDCL) para assinar o contrato que financia 50% dos 97 mil euros necessários para construção de um muro para conter terras junto ao novo edifício que também está a ser construído.
Este muro, na extrema poente do terreno, terá mais de cem metros de comprimento e entre três e quatro metros de altura. Será constituído por gabiões (como aqueles que se vê nas autoestradas, com pedras dentro de uma estrutura de metal) para permitir a passagem das águas. Esta é uma solução melhor do ponto de vista ecológico, ainda que mais cara. Será também reabilitado o muro a norte, que confronta com a estrada.
A obra ganhou carácter de urgência depois de a chuva ter acentuado o declive que existe na extrema do terreno e ter diminuído aquilo que virá a ser a via de acesso ao novo edifício. Com o deslizamento de terras, houve ainda a queda de árvores.
Pela proximidade do novo edifício ao declive, a obra era necessária para não comprometer a segurança do mesmo.
José Manuel Paz, director do CDCL, explicou à Gazeta das Caldas que esta obra permite “uma melhoria da qualidade do trabalho e uma economia de verbas na manutenção e preservação dos taludes que ciclicamente e em função das condições climatéricas vão sofrendo erosão”. Aos utentes irá garantir um acesso mais facilitado ao edifício.
A Câmara das Caldas comparticipará financeiramente com 25% do custo, ficando outros 25% a cargo da associação. O Estado assegura os restantes 50%.
Prevê-se que a obra esteja concluída em três meses, pouco depois do novo edifício que está em construção e que irá albergar toda a parte social do centro.
Esta empreitada está orçada em cerca de 400 mil euros e beneficia de financiamento comunitário que pagará, pelo menos metade do projecto. O restante é suportado pela Câmara das Caldas e pelo próprio centro local.
Obra avança lentamente
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Quando for inaugurado o novo edifício, o actual servirá para a parte administrativa e para a formação. Mas segundo o Relatório e Contas do último ano, “desde a conclusão da primeira fase da construção, a obra encontra-se praticamente parada” e “a empresa construtora tem trabalhado apenas um ou dois dias por semana”. A primeira fase começou em 2011 e tinha como prazo inicial dois anos. Depois houve uma interrupção para alterações no projecto.
Já com os prazos derrapados, actualmente aponta-se a conclusão dos trabalhos até Novembro deste ano (sendo que a previsão é que se acabe cerca de um mês antes).
José Manuel Paz, presidente do centro, disse à Gazeta das Caldas que os atrasos se devem a responsabilidades do empreiteiro. Contactada pelo nosso jornal, nenhum responsável da IRI – Isolamentos, Revestimentos, Impermeabilização Lda. prestou declarações.
Uma associação incontornável na freguesia
O CDCL presta serviços de apoio domiciliário (com 31 utentes), apoio domiciliário integrado (19 utentes) e centro de convívio (18 utentes). Além disso dá formação certificada, tem um posto dos correios, uma loja social e um pequeno jornal da instituição. Também no centro servem-se refeições escolares.
O CDCL tem mais de 20 funcionários sendo, segundo o relatório e contas de 2016, “a entidade com maior número de trabalhadores no local e zonas limítrofes”.
No mesmo relatório dá-se a conhecer que no último ano foram servidas 10950 refeições na valência de apoio domiciliário, 7340 em apoio domiciliário integrado e 405 refeições escolares.
A loja social apoiou 147 famílias com 2819 artigos e as actividades desenvolvidas no centro ao longo do ano envolveram 1670 pessoas. O centro conta com 449 associados.
Em 2016 as seis viaturas percorreram mais de 85 mil quilómetros. Uma foi substituída, havendo agora necessidade de adquirir uma carrinha de nove lugares adaptada a utentes com mobilidade reduzida.
Para o futuro pretende-se investir na energia fotovoltaica, baixando o valor da factura da electricidade.
A terceira feira das actividades económicas, que dá a conhecer os negócios da freguesia, realiza-se em Outubro. Até lá pode visitar o Museu Rural, no CDCL, e ficar a saber um pouco da história e evolução da freguesia.