Ogilson Fernandes Westin, médico de uma das termas de Poços de Caldas (cidade irmã das Caldas da Rainha no Brasil), esteve nas Caldas da Rainha a 7 de Setembro para visitar o Hospital Termal e o seu património, tendo ficado impressionado com o que viu e deixado o alerta para a importância de “não se perder essa riqueza”.
O especialista brasileiro, que veio às Caldas a convite da directora clínica das termas caldenses, Conceição Camacho, referiu que “seria absurdo deixar de ter um Hospital Termal, dos quais existem poucos em todo o mundo”.
Ogilson Fernandes Westin diz que é preocupante que o Hospital Termal esteja encerrado e acha que há uma grande responsabilidade para com a população das Caldas da Rainha de o manter a funcionar.
“É muito importante mantermos este contacto e trocar experiências”, referiu o especialista.
No Brasil os doentes que vão a termas são indicados pelos médicos, da rede pública e particular, sendo oriundos de todo o país (os habitantes de Poços de Caldas têm descontos especiais).
As Thermas Antônio Carlos foram um dos balneários mais importantes do estado de Minas Gerais e estiveram encerradas durante quatro anos para serem totalmente remodeladas. O balneário, que tinha sido inaugurado em 1930, reabriu recentemente, depois de restaurada a estrutura do prédio, respeitando a arquitectura original, substituídas as banheiras e criados novos espaços de lazer.
Segundo, Ogilson Fernandes Westin, as águas sulfurosas de Poços de Caldas, à semelhança das das Caldas da Rainha, são indicadas para as doenças reumatológicas e respiratórias, mas também de pele e para problemas mentais (por serem relaxantes).
Poços de Caldas tem vindo a discutir a melhor forma de potencializar as suas termas, principalmente ao nível turístico. Uma das propostas passa pela abertura de um casino, como já chegou a existir naquela cidade brasileira.
Em Maio, a convite do presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, Conceição Camacho esteve em Poços de Caldas para participar no 9º Encontro da Hotelaria Mineira, onde falou sobre o termalismo e bem-estar.
Uma visita que agora Ogilson Fernandes Westin retribuiu, com a sua presença nas Caldas durante umas férias em Portugal.
A poucos dias da sua reforma (no final de Setembro), Conceição Camacho deixa o desejo de que o município caldense “continue com a sua boa vontade para reabilitar o Hospital Termal”. Pede também aos caldenses que se envolvam mais com as suas termas, “criticando menos e fazendo mais”.
A responsável quis também deixar claro que, na sua opinião, o presidente do Centro Hospitalar do Oeste, Carlos Sá, fez tudo o que pôde para manter o Hospital a funcionar.
Pedro Antunes
pantunes@gazetadascaldas.pt
Caldas esquece cidades irmãs
Para além de Poços de Caldas, o município das Caldas da Rainha tem geminações com Huambo e Lubango (Angola), Cambo-les bains e Raincy (França), Coria e Badajoz (Espanha), Ribeira Grande (Cabo Verde), Dinant (Bélgica), Perth Amboy (EUA) e Figueiró dos Vinhos.
A mais recente geminação foi com Figueiró dos Vinhos, que data de Maio de 2013, sendo a única relação que ainda mantém alguma actividade. A Câmara de Figueiró dos Vinhos, em parceria com o Museu de Ciclismo das Caldas, vai promover a 27 de Setembro um passeio de bicicletas antigas (pasteleiras). Tem sido aliás Mário Lino, director do Museu do Ciclismo, que tem promovido mais actividades no âmbito das geminações existentes, nomeadamente com Coria e Badajoz.
As restantes geminações, dada a falta de iniciativas conjuntas, caíram, aparentemente, no esquecimento.
P.A.































