Mau cheiro na Lagoa preocupa comissão cívica

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Comissão Cívica de Proteção das Linhas de Água e Ambiente de Caldas da Rainha contesta explicações da Câmara | DR

Entidade duvida que as algas em putrefação sejam a causa do problema e apontam São Martinho como exemplo

A Comissão Cívica de Proteção das Linhas de Água e Ambiente de Caldas da Rainha não está convencida de que o mau cheiro que se mantém desde o verão na Lagoa de Óbidos, na zona do Parque de Merendas do Nadadouro, se deva à putrefação de algas, tal como foi assegurado pela Câmara.
A entidade refere que, entre os dias 9 e 13 de novembro, elementos da comissão assistiram à extração e condução “de várias toneladas de algas verdes e limo morto, em São Martinho do Porto, destinados a fertilização de vários terrenos” e que, apesar de estes se encontrarem em avançado estado de putrefação, “nem por isso deitavam qualquer mau cheiro, antes pelo contrário, (…) ainda deixavam o excelente cheiro a maresia do mar”.
A comissão realça que este dado é “prova clara” em como o cheiro nauseabundo que se deteta na lagoa “não pode ser atribuído ás algas”.

Comissão testemunhou à extração de algas e limo morto de São Martinho e garante que não havia mau cheiro

Porém, à Gazeta das Caldas, a Câmara Municipal das Caldas da Rainha reiterou as explicações dadas pelo presidente, Tinta Ferreira, em setembro deste ano.
“Os Serviços Municipalizados mantêm de que o cheiro verificado na Lagoa de Óbidos tem como causa a putrefação de algas, cujo tipo não se confunde com o tipo de algas e limos que são recolhidos em S. Martinho do Porto e que têm como finalidade fins medicinais”, sublinha fonte da autarquia.

Em setembro a autarquia refutou problemas no saneamento naquela zona

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Entretanto, a Câmara das Caldas confirmou a existência de problemas com o Rio de Salir, onde se verificaram queixas nas últimas semanas de que o curso de água estaria assoreado junto à foz.
“Temos registo de assoreamento na foz [do rio] e estamos a contatar a APA para articular medidas de desassoreamento nas próximas semanas”, assegurou a autarquia.

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