Matilde foi a primeira bebé a nascer nas Caldas em 2024

0
482

A bebé, filha de um alcobacense e de uma caldense, a viverem em Lisboa, nasceu a 2 de janeiro às 20h40, com 2,820 quilos

Matilde Luís Santos Duarte Carreira nasceu, com 2, 820 quilos, no dia 2 de janeiro, às 20h40, na maternidade das Caldas e foi a primeira bebé a nascer naquele serviço em 2024. Filha de Miguel Carreira, de 32 anos e natural de Alcobaça, e Joana Duarte, de 31 anos e natural das Caldas, que vivem atualmente em Lisboa, local onde estava previsto nascer no final desta semana.
O casal veio passar o ano novo à região e Joana começou a ter “sinais” de que a bebé estava prestes a nascer e foi, no dia 1 de janeiro para o hospital de Leiria, de onde acabaria por regressar a casa dos familiares. No dia 2 de manhã, e já com a maternidade das Caldas aberta, voltou ao hospital onde lhe fizeram análises, exames e decidiram que fariam o parto. Matilde acabaria por nascer às 20h40.
Joana, que nasceu na maternidade das Caldas, contava que a bebé nascesse em Lisboa, onde também já nasceu o irmão, Guilherme, de dois anos. No entanto, acabaria por ficar internada nas Caldas e tece os maiores elogios aos profissionais e também às instalações do serviço. A maior diferença que sentiu foi o facto do pai, nas Caldas, não ter podido acompanhar o nascimento da filha, por cesariana, ao contrário do que tinha acontecido em Lisboa.
Os pais não escondem o receio que tinham com o parto por causa das maternidades encerradas. “Correu muito melhor do que estava à espera, o pessoal é todo espetacular, o procedimento correu bem, foi rápido”, conta Miguel Carreira, que ficou “muito impressionado com o hospital das Caldas”. “Estamos muito felizes com o imprevisto e está tudo ótimo”, remata Joana Duarte.

Os pais, Miguel Carreira e Joana Duarte, residem em Lisboa e vieram passar o réveillon às Caldas

596 nascimentos em 2023
Desde a reabertura da maternidade, em novembro, ocorreram 139 nascimentos no Centro Hospitalar do Oeste. No total, em 2023 ocorreram 596 nascimentos, durante os seis meses e 28 dias, que este serviço esteve aberto. De recordar que a maternidade das Caldas reabriu em meados de novembro, após cinco meses de obras de requalificação, mas desde então que tem encerrado periodicamente, de acordo com o definido pela direção executiva do SNS. Durante o primeiro trimestre, o Serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia, no Hospital das Caldas, irá encerrar aos fins de semana (de sexta-feira a domingo).
Esta decisão é justificada pela carência de médicos de Ginecologia/Obstetrícia que se verifica a nível internacional, “à qual Portugal não é imune”, e que de acordo com as previsões da OMS se irá manter a médio prazo, obrigando a um planeamento complexo que garanta a prontidão da resposta do SNS, refere a direção executiva. O documento refere ainda que “é necessário ponderar as várias áreas de atuação, não apenas na resposta às situações de urgência ou dos partos, mas também às consultas externas, à atividade cirúrgica programada (incluindo a neoplásica), aos rastreios oncológicos ou à medicina da reprodução, entre outras”.
Já o presidente da Câmara das Caldas manifesta a sua “indignação” com o facto de ser o única maternidade que estará fechada durante todos os fins de semana ao longo de três meses. “Defrauda um investimento do município das Caldas, as expetativas que os utentes tinham de ver o serviço a funcionar, uma vez que agora tem boas condições, e é uma afronta ao Oeste”, salienta Vítor Marques, destacando que será dos serviços “que apresenta melhores condições atualmente”. ■

- publicidade -