Mais de mil pessoas nas marchas

No passado sábado o largo da antiga Universidade Autónoma de Lisboa (UAL) encheu-se de cores e vida para a 15º edição das marchas populares do Monte Olivett. Numa agradável noite de Verão, as coloridas vestimentas e a apresentação das coreografias animaram mais de um milhar de espectadores, já depois das tradicionais sardinhas assadas.

Foram dois fins-de-semana de festa no Monte Olivett. Primeiro com o festival do frango e depois com o da sardinha. Para os dois sábados (13 e 20 de Junho) estiveram planeadas marchas, mas no primeiro (13 de Junho) São Pedro pregou uma partida aos festeiros, obrigando a cancelar as marchas.

No segundo fim-de-semana não havia chuva, vento ou frio, permitindo que o largo da UAL se tornasse na Avenida da Liberdade das Caldas, onde os seus “bairros” (Monte Olivett, A-dos-Francos e Coto) desfilaram, perante o entusiasmo dos espectadores. O desfile durou duas horas com cerca de  150 marchantes.

A Sociedade Instrução Musical Cultura e Recreio de A-dos-Francos escolheu o vermelho, pincelado a dourado, para comemorar os “20 anos 20 marchas” nessa localidade, trazendo até um bolo de aniversário. A ARECO (Coto) veio de branco e dourado, tendo como tema os Bordados das Caldas e homenagem à Rainha D. Leonor, trazendo “sua majestade” para a festa. Os da casa, de azul e prateado, escolheram como tema os 15 anos a recordar as Caldas, com os candeeiros da praça nos arcos e um barco à vela como surpresa.

Para além dos marchantes, 45 voluntários trabalharam nesta festa, que serviu também para comemorar os 20 anos de marchas em A-dos-Francos e os 15 no Monte Olivett.

A noite teve ainda a animação da Banda Kontacto, que actuou antes e depois das marchas.

No total dos dois festivais, passaram pelo largo da biblioteca cerca de 2000 pessoas, contribuindo assim para a angariação de fundos para a construção da sede da associação. Sem contar com a edição deste ano,

“já conseguimos angariar 74 mil euros – 25% da Câmara –, mas ainda faltam 850 mil euros”, disse João Pina, presidente da assembleia da associação, fazendo um balanço extremamente positivo de um evento que a associação começou a preparar há dois meses.

“É muito gratificante ver todo o esforço ser recompensado com uma moldura humana assim”

, disse, antes de agradecer à Gazeta das Caldas pela divulgação.

Em números, foram assados 900 frangos e meia tonelada de sardinha nos dois festivais. Apesar de não saber precisar quanto renderam estas festas para a associação (e para a construção da sua sede), João Pina referiu que

“foi mais ou menos o que tem sido nos outros anos”.

O caldense Fernando Sousa veio assistir a este espectáculo porque

“há tradições que se devem manter”. Para além disso é um amante das marchas. “É bom, é bonito, é cultura…”, afirmou.