Mais de 300 pessoas na marcha LGBT nas Caldas

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Segunda marcha na cidade termal realizou-se na tarde de domingo

rchantes percorreram as principais ruas da cidade na tarde de domingo e terminaram em festa no parque

Na tarde de domingo mais de três centenas de pessoas uniram-se na Praça da Fruta das Caldas para marchar pelos direitos LGBTQIA+ na segunda marcha na cidade termal. Uma grande bandeira com as cores do arco-íris é levada por mais de uma dezena de marchantes. Em cartazes lê-se “Nossos corpos, nossas escolhas”, “Porque é que o meu afeto te afeta?” e “We are human” eram exemplos.
Entre os gritos dos marchantes ouvimos: “Nem menos, nem mais, direitos iguais”, “Está na hora, está na hora do binário ir embora”, “Eu amo quem quiser, tenho o género que tiver” ou “Assim se vê a força LGBT”. Marchavam pelos direitos LGBT, como por exemplo, a cuidados de saúde adequados, ao acesso a uma escola digna e sem preconceito, mas também ao mercado de trabalho.
Mas nem só de direitos LGBT se falou, também se defendeu a igualdade a nível racial e o direito à habitação, entre outros temas atuais. No fundo, defendem que sejam assegurados os direitos fundamentais.
Da Praça da Fruta os protestantes seguiram pela Rua das Montras em direção à Câmara Municipal. Seguiram então pela Estação Ferroviária, foram à freguesia de Santo Onofre e viraram em direção à rotunda da Rainha. A marcha terminou, em festa, no Parque D. Carlos I, onde também houve lugar para intervenções de ativistas. Na marcha participaram diversos partidos políticos.
“Combater a transfobia é uma questão de vida ou morte”, alertaram os organizadores da marcha, do coletivo por direitos LGBTQIA+ “Caldas Em Marcha”, já no Parque D. Carlos I. “Enquanto pessoas queer uma multiplicidade de multidão precarierizada mas talentosa, inteligente, capaz, com sonhos e ambições, lutamos para não sermos mais reféns da lógica especulativa e da incerteza de uma casa, um trabalho e não saber quando será a próxima consulta, exigimos segurança diária e efetiva e a proteção dos direitos basilares, para que as nossas vidas possam ser, de facto, nossas”, notaram.
Jade Nunes, do Coletivo, salientou, em conversa com os jornalistas, a importância da ESAD e a sua comunidade estudantil no caminho feito pela comunidade caldense em relação a estas temáticas. Desde a primeira marcha, no último ano, não viram as suas reivindicações respondidas. “São coisas sistémicas”, nota Jade Nunes, frisando que “este ano houve muitos mais marchas em todo o país, o movimento está a propagar-se”. ■

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