O edifício, no centro do Bombarral, receberá obras de melhoramento no valor de 1,8 milhões de euros. O concurso já foi aberto pela autarquia e a intervenção irá incidir ao nível das fachadas, cobertura, espaços ao ar livre e das acessibilidades
Datado do início do século XVII, o Palácio Gorjão, situado no centro da vila do Bombarral, será alvo de obras de requalificação, num valor base de 1,8 milhões de euros, cofinanciadas pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Programa Operacional do Centro (CENTRO 2020).
O concurso público foi inicialmente aberto em Julho, mas houve uma prorrogação do prazo tendo em conta que “muitas empresas se encontravam encerradas para férias durante o mês de Agosto”, explicou o presidente da Câmara do Bombarral à Gazeta das Caldas.
A autarquia é a proprietária daquele imóvel, tendo ali instalado o Museu Municipal, o Posto de Turismo e, em anexo, a Biblioteca Municipal, o Auditório e um Anfiteatro ao ar livre.
Apesar de actualmente estar em funcionamento, o palácio apresenta patologias significativas, nomeadamente ao nível da eficiência energética e térmica.
A intervenção irá incidir particularmente ao nível das fachadas, da cobertura, dos espaços ao ar livre e das acessibilidades.
Entre os objectivos desta intervenção estão o contributo para uma melhoria da imagem urbana da vila, a promoção da sustentabilidade ambiental e da eficiência energética, a criação de condições para o aparecimento de actividades, fruição e lazer, bem como a incorporação do conceito de design para todos.
IMÓVEL DE INTERESSE PÚBLICO
Também designado de Palácio dos Coimbras ou Palácio da Família Cunha Coimbra, o Palácio Gorjão está classificado como Imóvel de Interesse Público.
De acordo com a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) o palácio desenvolve-se numa planta em U e “impõe-se pela sua monumentalidade mais do que pelas linhas depuradas e chãs da sua arquitectura, onde apenas se salienta o brasão de armas, em lugar de destaque como símbolo de prestígio e poder dos seus proprietários, e pelo pátio com arcadas”. Este organismo faz ainda referência à colecção do Museu Municipal, que incluí acervos de epigrafia e heráldica, de arqueologia do concelho, de escultura, de um espólio pessoal e literário de Júlio César Machado, do artista bombarralense Jorge Almeida Monteiro, de medalhística e etnologia. O mesmo espaço acolhe exposições temporárias.































