Nas Caldas, as obras para a nova Urgência continuam suspensas devido à pandemia
O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) deverá lançar durante o primeiro trimestre o concurso público para a remodelação e ampliação do Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica e áreas circundantes da unidade de Torres Vedras. Esta intervenção, superior a 1,6 milhões de euros, já foi autorizada pelo ministério das Finanças e prevê a ampliação da atual urgência para a zona do refeitório, aumentando o espaço da sala de observação. Estão também programadas obras de reabilitação nos serviços de cirurgia e medicina, bem como a substituição de coberturas, que permitirá solucionar os crónicos problemas de infiltração nesta unidade hospitalar. O prazo previsto para a sua concretização é de um ano.
Já no que respeita à de remodelação e ampliação do Serviço de Urgência da unidade das Caldas da Rainha (que já devia ter terminado) foi “suspensa devido à pandemia, por impossibilidade de disponibilizar o espaço ocupado com a ADR-SU, bem como para proteger os profissionais do empreiteiro do risco de contágio”, explica a presidente do conselho de administração, Elsa Baião.
Aquela responsável acrescenta que está a “negociar com o empreiteiro a data de retoma da obra, que não poderá ficar suspensa até ao final da pandemia”. O CHO pretende adquirir uma unidade modular, que permitirá alargar transitoriamente o espaço disponível.
Reforçar a resposta
Atualmente o CHO dispõe de uma capacidade total de 115 camas de internamento para doentes covid, das quais 80 em Torres Vedras e 35 nas Caldas. O conselho de administração reconhece que as “últimas semanas têm sido marcadas por uma enorme pressão assistencial e uma crescente procura de doentes”, agravada pela ocorrência de um surto interno na Unidade de Torres Vedras, de surtos com um número muito relevante de infetados em vários lares da região, bem como pelo efeito do frio extremo registado por todo o país. Este aumento da procura implicou já a “transferências de doentes para hospitais públicos e privados”, ao abrigo dos acordos estabelecidos pela ARSLVT e Ministério da Saúde, explicou Elsa Baião. No entanto, acrescenta que, ao nível dos Serviços de Urgência, a situação “está presentemente controlada, não se verificando tempos de espera relevantes”.
Para reforçar a capacidade de resposta, no final da semana passada foram convertidas mais 12 camas de enfermaria para o tratamento de doentes Covid no hospital de Torres Vedras. Nas Caldas da Rainha procederam a uma reorganização, no sentido de reforçar a capacidade da Área Dedicada ao Atendimento de Doentes Respiratórios (ADR) do Serviço de Urgência Geral, enquanto se aguarda a construção de um edifício modular, que permitirá a expansão no exterior do hospital. Está também em estudo a expansão da ADR do hospital de Torres Vedras e está prevista a abertura, em breve, de uma enfermaria não covid, na Unidade de Peniche. ■






























