A Associação Social e Cultural Paradense realizou no passado fim-de-semana (dias 14 e 15 de Novembro) a sua primeira Feira de Outono. A iniciativa, que atraiu mais de um milhar de pessoas à colectividade nos dois dias, superou todas as expectativas da organização, que a quer repetir na Primavera, já fora de portas e em modo de arraial popular.
Uma dezena de bancas com produtos regionais dispunham-se pelo salão da colectividade, enquanto que no palco a animação era garantida pela música. Ao fundo da sala uma feira do livro chamava a atenção das crianças e dos adultos.
Esta a panorâmica da Feira de Outono na tarde de domingo, o segundo dia de festa na associação, que decidiu este ano, pela primeira vez, realizar um evento para festejar esta estação do ano.
Os festejos começaram na tarde de sábado com o hastear da bandeira da qualidade, com a presença de uma representante da Associação Portuguesa de Certificação (APCER). Foi a oficialização de um processo que a instituição culminou em Dezembro do ano passado, tornando-se a segunda no concelho a possuir certificação da qualidade, depois da Infancoop. À noite houve passagem de modelos, com a participação de 70 crianças que desfilaram com roupa de várias lojas das Caldas.
“Encontrei na assistência uma alegria tremenda e pessoas a chorar, comovidas, com esta organização”, disse o presidente da associação, Norberto Raimundo.
O responsável acrescentou que este espectáculo permitiu também mostrar a boa relação existente entre educadoras e auxiliares e as próprias crianças. No domingo a animação foi garantida pelo rancho infantil “Os Pimpolhos” da ARECO, e pelos cavaquinhos, da mesma associação do Coto.
A forte adesão das pessoas da terra, e não só, levou a que os produtos regionais que tinham para venda tivessem esgotado ao fim do primeiro dia de feira. A título de exemplo, foram consumidos 37 quilos de broas dos Santos e outro tanto de filhós e outros doces.
O envolvimento da população é, de resto, o objectivo desta colectividade com as suas realizações. “O nosso objectivo é voltarmos a ser uma instituição de portas abertas a toda a população e levando-a a participar nas actividades”, disse Norberto Raimundo à Gazeta das Caldas.
De acordo com este dirigente associativo, o Paradense é quase um caso único no concelho pois, ao contrário da maioria das outras colectividades, não dependem da autarquia ou outra entidade e apenas recebem os subsídios da Segurança Social pela prestação das valências.
“Um dos aspectos que sempre esteve na base da nossa actuação foi o poder associativo pois envolvemos a população”, remata o responsável.
A Associação Social e Cultural Paradense possui as valências de creche, jardim infantil e ATL, para 120 crianças e presta serviço de apoio domiciliário a 49 idosos e possui outros 23 no Centro de Dia. Possui ainda uma cantina social e tem protocolos com várias entidades que prestam serviço na associação, como uma farmácia, um centro de explicações e consultas de terapia da fala, psicologia e nutrição.
No total emprega 40 funcionários efectivos e mais cinco através do centro de emprego, o que representa um gasto mensal em ordenados no valor de 30 mil euros. Esta colectividade tem um movimento mensal que está prestes a chegar aos 70 mil euros.
Como as 10 tendas que compuseram a feira revelaram-se escassas face à procura, a organização planeia já realizar uma nova actividade na rua, na Primavera, e estender o convite a novas empresas para também participar.






























