Numa iniciativa conjunta, as juntas de freguesia de Alvorninha, Salir de Matos e Vidais organizaram-se e articularam com a Câmara das Caldas a limpeza da vegetação em torno da ponte romana que habitualmente é conhecida por pertencer a Salir de Matos, mas que afinal fica na confluência daquelas três freguesias.
De um lado do rio Salir fica a freguesia de Alvorninha e no outro, junto à ponte, está o marco que separa as freguesias de Vidais e Salir de Matos. A percepção de que se tratava de um monumento histórico de grande valor levou, assim, os três presidentes, José Henriques (Alvorninha), Rui Jacinto (Salir de Matos) e Virgílio Filipe (Vidais) a tomarem esta iniciativa comum de valorização daquele património..
A limpeza dos caniçais e restante vegetação em torno da ponte construída há vários séculos pôs a descoberto aquele singelo monumento que até agora estava praticamente escondido.
O próximo passo deverá ser a criação de uma zona de lazer e estacionamento (parar naquele sítio da EN 114 é perigoso devido à curva junto ao rio) a fim de melhor se apreciar a ponte.
Conhecido como ponte da Feteira ou da Malasia, este achado arqueológico não foi agora descoberto, mas durante muitos anos pouca gente além dos locais, o conhecia. No último ano foi inscrita na Carta Arqueológica das Caldas e na base de dados da Direcção-Geral do Património Cultural.
Mas já em 2007, o autor Carlos Querido escreveu no livro Salir d’Outrora”, que a ponte era “uma passagem entre dois territórios separados por um rio, e este, chame-se de Tornada ou de Salir, consoante o caminho por onde passa ou o porto onde termina, separou durante séculos as terras dos coutos onde imperava a Abadia de Alcobaça, das do termo de Óbidos, onde dominava o Rei”.
O autor questionava se esta não seria o local de “travessia das populações do lado Sul do rio com destino à cidade de Eburobrittium”.






























