
Inaugurada obra de requalificação do talhão mais recente, para o dotar de condições mais nobres. Entidade tem projeto para monumento no mausoléu
O Núcleo das Caldas da Rainha da Liga dos Combatentes inaugurou, na passada terça-feira, dia 2 de novembro, a obra de requalificação do talhão mais recente no cemitério velho das Caldas (perto da antiga Secla).
O espaço apresentava problemas ao nível do pavimento e também já se haviam registado queixas de familiares de combatentes relativamente ao aspeto do mesmo, especialmente quando comparado com o talhão mais antigo, onde se encontra o mausoléu.
“Tentámos nivelar e dar a entender às pessoas que os dois talhões têm uma importância igual. Esta é apenas uma questão relacionada com a organização espacial, como não havia espaço junto ao talhão existente, foi criado um novo talhão naquele local”, explicou o presidente da direção do Núcleo da Liga dos Combatentes de Caldas da Rainha, Emanuel Sebastião.
Com a requalificação, teve-se também em conta a questão da sustentabilidade, com a substituição da relva existente nas campas por tapetes de relva sintética. “É uma forma de consumir menos recursos e de conseguirmos ter aquele local em condições durante mais tempo ao longo do ano”, esclareceu o dirigente.
“Esta obra de requalificação foi feita com fundos próprios, porque temos as contas em dias e portanto conseguimos fazer estas obras mais pequenas”, disse Emanuel Sebastião.
Ainda assim, o núcleo tem nos planos outros projetos ambiciosos para realizar num curto espaço de tempo. Já para o próximo ano deverá avançar o projeto de reforço do monumento do mausoléu, feito pelo arquiteto João Aboim. A intenção é colocar à vista o nome das cerca de 100 pessoas cujas ossadas estão ali depositadas, como é comum neste tipo de monumento. Tendo em conta a magnitude do projeto, esta é uma obra que, segundo Emanuel Sebastião, deverá ser comparticipada pela Câmara Municipal das Caldas.
O Dia de Finados foi assinalado com a inauguração da requalificação do talhão mais recente e a deposição de coroas de flores e a realização de minutos de silêncio nos dois talhões, primeiro no mais recente, e depois no mais antigo, onde o diácono Romero foi o responsável por um momento de oração.
No caso dos combatentes, o Dia de Finados “é também o momento em que se faz a apologia a todos aos combatentes e especialmente aos que já faleceram. O núcleo da Liga sempre tem assinalado a data, como a Liga faz a nível nacional, e fazemos questão de continuar, porque este tipo de valores às vezes estão relegados para segundo plano e devemos dar o exemplo de que é preciso não esquecer quem já faleceu”, concluiu o presidente da direção do núcleo, que foi fundado em 28 de julho de 1924 e que teve como primeira casa as instalações do Regimento de Infantaria nº 5 e secretaria do segundo Batalhão do mesmo Regimento, que então se localizava no edifício atualmente conhecido como os Pavilhões do Parque D. Carlos I.
Já no último ano tinham sido montadas novas pegas em aço inoxidável nas lajes amovíveis do mausoléu da Liga, que é datado de 1946. ■






























