“Se eu não ler a Gazeta parece que é um bocadinho que me falta todas as semanas” (Ricardo Duarte)

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Ricardo Duarte
Mesmo depois de ser assinante, Ricardo Duarte chegou a comprá-lo às sextas-feiras por força do hábito

Já lá vão dez anos que Ricardo Duarte é leitor da Gazeta das Caldas. Porém, só há duas semanas é que se tornou oficialmente assinante do jornal. Admira todas as secções da Gazeta, especialmente quando se dá cobertura das áreas limítrofes das Caldas e garante que não passa uma semana em que não desfolhe o único jornal que ainda é capaz de ler.

Este leitor de 31 anos e natural de Alguber confessou que já há algum tempo que queria ser assinante, mas a preguiça de preencher o cupão de assinatura sobrepunha-se sempre à realização do acto em si. “Compro a Gazeta há dez anos e já andava naquela de ser assinante há bastante tempo. Por vezes, pensava em preencher aquele quadradinho, mas dava-me muito trabalho. Era um relaxe. E depois ficava sempre para outra altura. Não é agora, é depois”, contou.
No entanto, todas as semanas comprava ou mandava comprar a Gazeta. “É um jornal interessante e pelo menos dá-nos a conhecer o que se passa aqui na nossa região. E eu ia tomar café e depois comprava no outro café em frente. Mas agora disseram-me que por ser assinante ia ter desconto nos anúncios e acabei por finalmente fazer a subscrição”, disse Ricardo Duarte. Isto porque este nosso leitor é comerciante, há dois anos, na área das telecomunicações. Como agora vai abrir uma loja (na Rua do Sacramento, nº15-B) aproveitou a oportunidade para fazer a assinatura porque assim beneficia de 10% de redução na publicidade.
Por ser assinante só há duas semanas, Ricardo Duarte esqueceu-se da nova condição e voltou a comprar a Gazeta das Caldas à sexta-feira. “Sou assinante mas o ritual manteve-se”, disse entre risos. Ainda por mais, recebeu duas vezes a última edição do jornal. “Na sexta-feira, o correio entregou uma Gazeta na loja e na segunda-feira voltaram a colocar outra”, contou. Mas Ricardo Duarte não se importa com o número de Gazetas que recebe. O que interessa é tê-la semanalmente. “Se vou para Lisboa, digo a alguém para me comprar o jornal. Quando regresso sei que tenho de o ler. É uma forma de entreter o fim-de-semana. Posso nem sequer tomar atenção a algumas coisas, mas tenho que o desfolhar. É mais um hábito. Se eu não ler a Gazeta parece que é um bocadinho que me falta todas as semanas”, confessou.
Sobre secções predilectas, Ricardo Duarte afirmou que todas elas são interessantes e não consegue eleger uma só. Aprecia as notícias em torno da Câmara das Caldas, admira a rubrica “Uma empresa, várias gerações” e gosta de estar a par de tudo o que se passa nas freguesias dos concelhos das Caldas, Óbidos, Cadaval e Bombarral. “É importante dar a voz àquela gente que está mais isolada do centro. Hoje já não tanto. Mas antigamente havia uma destrinça entre a aldeia e a cidade. A Gazeta fê-las aproximarem-se. Além do mais, tenho interesse na região Oeste em geral. Visto estar ligado à área do comércio, é importante até para mim saber se existem outras oportunidades de negócio”, disse.
E existe alguma coisa que não goste na Gazeta? “Ui! Por acaso nunca olhei para esses termos. Mas acho que devia ter mais cor. A estética é uma das partes mais importantes para cativar a leitura e ainda por cima as pessoas lêem cada vez menos. Talvez deviam explorar mais aí”, respondeu Ricardo Duarte. Ainda assim, o assinante revelou que não liga à necrologia e que raramente lê a Semana do Zé Povinho. “Geralmente não gosto de textos de opinião nem de crónicas. E como isso é a opinião de alguém que está sempre no corte, não costumo ligar”, acrescentou.
Embora seja um leitor mais do que assíduo da Gazeta das Caldas, Ricardo Duarte afirmou que evita ler outras publicações. “Leio a Gazeta porque ainda é daqueles jornais que não me choca em termos emocionais. Por exemplo, o Correio da Manhã faz-me lembrar O Crime de há dez anos. Morreu, esfaqueou, assaltou, burlou, etc. Desmotiva-me de uma tal forma… Não quero saber se o Manuel Joaquim esfaqueou o outro por causa de um terreno. O que é que isso me interessa? Nada”, declarou. Enfadado com notícias sobre crimes, o leitor apenas consulta os destaques da página do Sapo. Basta-lhe para estar informado.
Também chegou a adquirir diariamente o Record para ver o seu Sporting, mas “já fui mais aficionado”. Isso é pela falta de vitórias do Sporting? “Eh, pá, sim. Mas também por toda a má situação do futebol português”, replicou o assinante. “Não preciso daquilo [Record] para viver, mas sabe, é como a ZON: podia passar sem aquilo mas não era a mesma coisa”, rematou.

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Tânia Marques

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