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Carlos Luís foi ao Centro de Saúde de Óbidos em inícios de Novembro para fazer uma lavagem aos ouvidos mas disseram-lhe que não a podia fazer porque não tinham água quente. O residente no Bairro dos Arcos (em Óbidos) foi aguentando, até que a situação piorou e no início de Janeiro voltou ao Centro de Saúde e a enfermeira disse-lhe que lhe fazia a lavagem, mas que não tinham água quente. “Eu disponibilizei-me para levar uma cafeteira com água quente e fizeram-me o tratamento”, disse à Gazeta das Caldas.
O utente do centro de Saúde de Óbidos elogia o trabalho da enfermeira, mas considera “caricato” que aquela unidade não tenha como aquecer a água. E acrescenta que, pelo facto de morar perto do local, conseguiu levar a água quente, mas que isso não seria possível a um utente que resida numa localidade mais distante.
Carlos Luís soube que o esquentador do Centro de Saúde estava avariado porque quando lá chegou a funcionária perguntou se ele era a pessoa que ía arranjar o esquentador. E lembra que a situação está assim, no mínimo, desde Novembro, quando lá foi pela primeira vez.
Ana Pisco, directora executiva do ACes Oeste Norte confirmou à Gazeta das Caldas que houve uma avaria no termoacumulador e foi pedida a intervenção da SUCH (Serviço de Utilização Comum dos Hospitais). “Recebemos a comunicação que seria para abate (não tinha reparação) e já accionámos os procedimentos para aquisição de novo aparelho”, explicou, acrescentando que não se justifica o pedido feito ao utente porque o procedimento “não deveria ter sido efectuado na unidade”.
De acordo com a responsável, o aquecimento das águas deve ser efetuado por termoacumulador, sendo que o uso de gás está proibido.
Ana Pisco explica ainda que naquele centro de saúde o recurso a água quente é basicamente para limpeza de material, dado que a lavagem e esterilização de material está centralizada no ACeS.
O Centro de Saúde de Óbidos foi requalificado há três anos e actualmente conta com três médicos do ACeS e mais um médico de uma empresa de prestação de serviços. A 1 de Janeiro um dos médicos da unidade foi transferido por mobilidade, para outro zona, pelo que aguardam a abertura de concurso para preenchimento da vagas existentes.
