Landal foi palco do primeiro Festival Nacional da Codorniz

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notícias das CaldasCodorniz, pêra rocha, pão-de-ló e água pé nova juntaram-se no Festival Nacional da Codorniz do Landal, que teve lugar este fim-de-semana para dar a conhecer os produtos que constituem as principais referências da economia desta freguesia do concelho das Caldas da Rainha.
A ideia nasceu no ano passado junto do executivo da Junta de Freguesia do Landal. Um ano depois realizou-se este festival que procura divulgar os produtos da freguesia, com especial destaque para a codorniz, uma pequena ave que se dá particularmente bem no clima daquela zona.

O objectivo desta iniciativa “foi promover o que produzimos na freguesia e a codorniz é especialmente importante porque é daqui que sai a maior parte da produção nacional e não tem sido feita muita divulgação sobre isso”, disse à Gazeta das Caldas o presidente da Junta, António Almeida.
Para além dos criadores, juntaram-se ao certame as diversas colectividades da freguesia, nomeadamente a Associação Social e Desportiva dos Casais da Serra, o Grupo Desportivo de Santa Susana, o Grupo Desportivo do Landal, a Associação Rostos Unidos e a Paróquia do Landal, que tiveram a seu cargo a confecção das iguarias, tendo sempre por base a codorniz.
“Reunimos com as associações para se combinar o que cada um fazia pois era fundamental ter codorniz grelhada e a codorniz frita. A a partir daí cada associação teve liberdade criativa e cada associação apresentou um prato específico e acabaram por superar as expectativas”, referiu António Almeida.
No total foram apresentados oito pratos, incluindo codorniz à alentejana, feijoada de codorniz, codorniz com pena ou codorniz com bacon. Este último, apresentado pelo Grupo Desportivo de Santa Susana, foi o escolhido por um grupo de oito jurados como vencedor do concurso para o melhor prato.
O certame foi visitado nos dois dias por cerca de 1000 pessoas, sobretudo da região, apesar do evento ter sido divulgado na televisão pública.
Mesmo assim, o presidente da Junta faz um balanço positivo. “Foi interessante para o primeiro ano e estamos satisfeitos porque, para além de divulgarmos os nossos produtos, pudemos ajudar as nossas colectividades, que vivem momentos difíceis”, sublinhou António Almeida, acrescentando que a vontade da Junta é repetir o evento no próximo ano.

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Sector emprega 40% da população da freguesia

A produção de codorniz é uma das principais actividades económicas da freguesia do Landal, empregando dois quintos da população, entre a criação e o abate das aves. De resto, o Landal é o principal pólo de criação de codornizes em Portugal, dali saindo perto de 4 milhões de aves por ano, cerca de 80% da produção nacional.
O sector emprega cerca de dois quintos da população da freguesia, repartindo-se entre os criadores e os dois matadouros ali instalados, saindo do Landal cerca de 4 milhões de aves por ano, escoadas sobretudo no mercado nacional.
Júlio Filipe, um dos empresários do sector, acredita que a criação do festival foi uma boa ideia. “Pensamos que pode ser um êxito no futuro pois se as pessoas experimentarem e gostarem, vão voltar a comer codorniz e isso pode aumentar o consumo, o que é importante para nós porque é um animal tão pequeno que o negócio só justifica se conseguirmos vender grandes quantidades”, disse à Gazeta das Caldas.
O empresário refere que o mercado está estável, depois de uma queda forte com a crise dos nitrofuranos da qual o sector vem recuperando gradualmente.
António Vito, também empresário avícola, considera importante esta divulgação para que o consumo possa aumentar, não só das aves como do próprio ovo, “que também é muito rico e gasta-se sobretudo em pratos gourmet e entradas”.

 

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