Jovens criam Forma Cerâmica para a indústria

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Sílvia Teixeira e Pedro Carvalho vão apostar na criação de uma máquina de fabricação aditiva para indústria cerâmica

Pedro Carvalho e Sílvia Teixeira, distinguidos no Poliempreende, criaram serviços que reúnem modelação tradicional e prototipagem

É num espaço junto ao rio, numa das entradas de Alcobaça, que Pedro Carvalho e Sílvia Teixeira abriram a Forma Cerâmica, empresa que oferece serviços específicos à indústria da cerâmica, ligados à área da modelação cerâmica e de novas ferramentas como a prototipagem.
Formaram-se na ESAD e no Cencal e, com este projeto, ficaram em 2º lugar no concurso nacional Poliempreende, depois de terem vencido a 17.ª edição do concurso regional Poliempreende.
Pedro Carvalho, de Lisboa, cresceu em Salvaterra de Magos, começou por tirar o curso de Cerâmica e Vidro no Cencal, mais tarde, de Modelação e depois especializou-se em Prototipagem na ESAD.
Sílvia Teixeira, que é natural de Sines, formou-se em Design Industrial na ESAD mas também adquiriu formação técnica em várias áreas no Cencal. Aliás, os autores conheceram-se no polo alcobacense do Cencal enquanto frequentavam o curso de Modelação. Ambos eram os participantes mais jovens: ele tem 28 anos e ela 25.
A Forma Cerâmica tinha iniciado atividade antes da pandemia, mas o prémio do concurso Poliempreende acabou por impulsionar a empresa.
A ideia das peças é desenvolvida por Sílvia Teixeira, enquanto que a modelação passa para Pedro Carvalho. “Depois, a parte da decoração vai, de novo, para a designer”, disse o criativo, enquanto mostra o modelo de uma peça que teve parte feita com modelação tradicional mas que precisou também de peças feitas com recurso à prototipagem.
A Forma Cerâmica está a trabalhar com seis fábricas de Alcobaça e neste momento já dá resposta a trabalhos de várias marcas de e-commerce, sobretudo internacionais, que lhes pedem para desenvolver produtos desde o princípio até ao fim do processo.
O grande projeto que vai permitir à Forma Cerâmica dar novo salto é o desenvolvimento da primeira máquina de fabricação aditiva de cerâmica para fins industriais, iniciativa para a qual o casal conta com a colaboração de um engenheiro aeroespacial para o desenvolvimento desta ferramenta.
“A criação da máquina contará com investimento externo e esperemos que esta esteja operacional dentro de três anos. Por agora ainda estamos na parte conceptual”, explicou Pedro Carvalho. O modelador acrescentou também que o espaço de ateliê que têm à entrada da localidade já não é suficiente para os seus projetos e estão por isso à procura de uma área maior. E também pensam em contratar mais colaboradores. ■

Formaram-se na ESAD e no Cencal e apostam na inovação na produção da cerâmica
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