José Mário Branco actuou nas Caldas nos 80

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O músico José Mário Branco morreu, esta terça-feira, aos 77 anos. Gazeta das Caldas recorda o concerto que este deu nas Caldas da Rainha, a 1 de Maio de 1982, na Columbófila. “Foi um café-concerto que organizámos quando ele lançou o seu quarto LP Ser Solidário”, disse Paulo Vaz que então pertencia à empresa Música e Etecetera que, na época, organizava concertos e eventos em discotecas.
A sala encheu-se para escutar o cantautor e músico que naquele serão dividiu o palco com a Banda Azul – que se dedicava ao blues – e que actuou, de forma alternada, com o autor de Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades. No final da actuação, recordou Paulo Vaz, “ofereci-lhe um Zé Povinho e ele até se emocionou por ter recebido nas Caldas tal peça, com aquele simbolismo”.
O álbum que então se dava a conhecer nesta actuação nas Caldas foi feito numa edição de autor e como era prática corrente, havia gente que já o tinha encomendado previamente. A Paulo Vaz foram entregues nove discos, que igual número de caldenses tinha pedido previamente.
A casa esteve cheia para ouvir José Mário Branco, que para Paulo Vaz “era o melhor músico português e sempre se distinguiu não só pela sua obra pessoal como também como produtor”.
José Mário Branco teve uma carreira de mais de 50 anos e o seu percurso foi desde música de intervenção até ao fado, já que foi o produtor da maioria dos álbuns de Camané. Trabalhou com os nomes maiores da música nacional desde Zeca Afonso, Sérgio Godinho, Carlos do Carmo, além ter tido um papel não só na música como no teatro.

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