É no editorial da edição da passada semana, datada de 2 de Dezembro, que o semanário Região de Cister anuncia que “a edição de 29 de Dezembro deste ano será a última pela qual responde a Jorlis” e que “a continuação do jornal dependerá do interesse que possa haver de pessoas ou entidades da região em adquirirem o título”. Caso tal não se venha a verificar, o fim do ano marca também o fim de um jornal com 15 anos de publicação que abrange os concelhos de Alcobaça e Nazaré.
Propriedade da Jorlis – Edições e Publicações, Lda. (empresa da qual a Movicortes, Serviços e Gestão, Lda. e José Ribeiro Vieira são sócios com mais de 10% e que também é responsável pela publicação do Jornal de Leiria), o Região de Cister tem uma tiragem média de 4.500 exemplares e é visto naqueles dois concelhos como um jornal de referência.
A Jorlis assumiu o título há 12 anos e desde então “investiu tanto em número de páginas como na reformulação gráfica e, principalmente, na valorização dos seus recursos humanos, criando uma equipa de produção do jornal com profissionais do sector, entretanto bem conhecedores das circunstâncias estruturantes em que os factos e os acontecimentos que relatavam ou ajudavam a interpretar, lhes eram cada vez mais próximos”, lê-se no editorial.
Ainda que o número de leitores do jornal tenha crescido nos últimos anos, a Jorlis aponta que “a situação económica geral do país e em particular o entendimento que farão as empresas e instituições públicas da importância de um jornal como este, não têm sido capazes de responder pelos custos da sua edição”.
Lamentando a atitude “que serão forçados a tomar”, administração e direcção da Jorlis afiançam que “o Região de Cister é um jornal economicamente sustentável, além de ser civicamente decisivo para o desenvolvimento da região”. Mas acrescentam que “a gestão distanciada tem custos e induz a falta de resultados que, sendo localizada, seriam fáceis de convergir”.
Caso não seja encontrado um interessado nas próximas semana, uma equipa composta por três jornalistas profissionais efectivos e uma administrativa efectiva ficam no desemprego no início de 2012. A estes juntam-se dois outros colaboradores que não vêem os seus contratos renovados.






























