
São 34 jornais centenários portugueses e 18 brasileiros que estão representados na exposição “Jornais Centenários do Brasil e Portugal: um legado cultural”, inaugurada na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), na cidade brasileira do Recife, que conta com o apoio do Real Hospital Português e o Gabinete Português de Leitura. Realizada pela Associação Portuguesa de Imprensa (API), em parceria com a Associação da Imprensa de Pernambuco (AIP) e da Fundaj, esta mostra reúne na Casa Forte 30 painéis com as capas de jornais e está patente ao público até ao próximo dia 17, partindo depois para outras cidades brasileiras. Entre os periódicos presentes, do Brasil, estão o Diario de Pernambuco (mais antigo em circulação), Jornal do Commercio e Estadão, enquanto que, de Portugal, entre outros, figura o mais recente centenário que é O Figueirense (de Figueira da Foz). Recorde-se que, em 2018, decorreu no Parlamento Europeu, na Bélgica, uma exposição que contou exclusivamente com as capas dos jornais portugueses centenários.
Na sessão de abertura da exposição, para a qual foram convidados representantes de alguns dos maiores jornais portugueses, entre os quais a Gazeta das Caldas, o presidente da API, João Palmeiro, destacou esta acção “pela importância histórica destes jornais, pretendemos candidatá-los a Memória do Mundo, que é o programa da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para os documentos”. O responsável considerou que agora é preciso pôr de acordo as comissões nacionais da UNESCO do Brasil e Portugal, e manifestou também a expectativa de poder vir a envolver neste projeto a comissão nacional espanhola para que “dentro de muito pouco tempo” o organismo da ONU reconheça este acervo dos jornais centenários.
A Fundação Joaquim Nabuco, através do presidente António Campos, elogiou na ocasião a ideia e ofereceu os préstimos da associação para a assessoria técnica na preparação da candidatura. Intervindo na Galeria Baobá, no campus da Fundação Joaquim Nabuco, onde nas primeiras páginas dos jornais expostos, o público pode encontrar factos que mostram a cultura de dois povos. Para Múcio Aguiar, responsável pela Associação da Imprensa de Pernambuco, no nordeste do Brasil, “fazer uma exposição com tamanha representatividade, de 52 títulos luso-brasileiros, com jornais vivos e impressos, é algo que nunca foi realizado em nenhum canto do mundo e isso enche-nos de orgulho”. Paulo Ribeiro
Estado de Pernambuco quer voltar a ser descoberto pelos portugueses
O Estado de Pernambuco, no nordeste do Brasil, descoberto pelos portugueses em 1500, quer agora ser redescoberta por Portugal para o turismo. As autoridades desta região brasileira, servida com voos regulares da TAP, considera que tem condições para captar turistas lusitanos, face ao investimento no sector hoteleiro em resorts, hotéis e pousadas que tem sido feito ao longo da última década e que são muito procurados por turistas argentinos. É sobretudo no segmento do turismo sol e praia que se destaca a aposta turística, com resorts instalados junto à linha de água no meio de coqueiros. A temperatura alta, constante ao longo de todo o ano, a par das águas mornas e transparentes e, não menos importante, a língua em comum, constituem trunfos que são apresentados para a afirmação deste destino turístico.
A praia de Porto de Galinhas, eleita por 11 vezes consecutivas como a melhor do país pela maior revista nacional especializada em viagens, é o grande cartão-de-visita da costa pernambucana. As piscinas naturais e a oportunidade de nadar entre dezenas de cardumes de peixes tropicais ou, ainda, os passeios de jangada pelos recifes, são algumas das propostas apresentadas aos visitantes.
Outra proposta turística passa pela cidade de Tamandaré, a 112 km a sul do Recife, que tem como principal chamariz a praia dos Carneiros. A principal atracção turística é a Igreja de São Benedito, mais conhecida como “Igrejinha dos Carneiros”, fundada no século XVIII pelo Visconde de Rio Formoso, bastante utilizada para casamentos. A água límpida da costa e o cenário quase selvagem, tem também os rios Ariquindá e o Formoso como pontos obrigatórios de visita. Durante a maré baixa é possível fazer caminhadas sobre os arrecifes e apreciar a fauna marinha local. Os novos resorts, que apostam na gestão ambiental, como atractivo para umas férias mais relaxantes.
Paulo Ribeiro






























