“Todos os portugueses julgam que sabem o suficiente de Direito, mas acho que gostaríamos de saber mais sobre as normas que regulam a vida em sociedade”. Tendo em conta esta premissa, o advogado caldense e professor de Direito no IPL, Jorge Varela, escreveu o livro “Direito para não juristas” e, no passado dia 31, realizou uma palestra, com o mesmo tema, no Bar Pópulus, no Parque D. Carlos I, a convite do Rotary Club das Caldas da Rainha.
O senso comum “dita” leis que muitas vezes a Constituição não prevê e foram alguns desses exemplos que foram explanados ao longo da noite pelo orador. “O Direito é uma ciência, como tantas outras, que deve ser estudada, tem de ser trabalhada e, quanto melhor se conseguir explicar às pessoas o que é, melhor estão preparadas, no dia a dia”, disse, acrescentando que, informadas poderão perceber que o melhor mesmo é recorrer a um advogado para resolver os seus assuntos.
Jorge Varela compara mesmo o direito à saúde, em que todos também pensam ter conhecimentos de medicina e aconselham remédios porque alguém já usou e deu-se bem, mas na verdade o médico é que sabe tratar dos sintomas. “O meu conselho é sempre recorrer a um especialista e, se mais consciência as pessoas tiverem do que é o direito, mais acauteladas estarão para poderem saber o que podem ou não fazer em termos legais”, disse.
Jorge Varela deu uma verdadeira lição de Direito aos presentes, com uma explicação teórica do que está por detrás desta ciência, desde os seus primórdios até à actualidade.
O livro foi lançado pela primeira vez pelo IPL, cuja edição já esgotou e, recentemente, foi revisto e relançado pela Coimbra Editora. O especialista em Direito e docente no IPL e na ETEO escreveu a obra para os seus alunos de Comunicação Social, Serviço Social e de outros cursos, se familiarizarem com a temática. “Logo de início tive que adaptar a minha linguagem porque não estava perante alunos de Direito e fui fazendo os meus apontamentos”, que se traduziram neste livro que pretende ajudar a quem não é da área compreendê-la melhor.
Na forja estão já algumas ideias que poderão resultar em novas obras mas que, segundo o advogado, ainda terão que ser amadurecidas.
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