Jardim da Esperança plantado na Mata para assinalar o Dia da Mulher

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Mais de três dezenas de voluntários participaram na iniciativa que culminou na plantação de quase meia centena de árvores e plantas

Na manhã do dia 8 de março mais de três dezenas de voluntários juntaram-se na Mata Rainha D. Leonor, nas Caldas, para plantar o Jardim da Esperança e nem o frio, nem a chuva que insistiu em cair naquela manhã, conseguiram afastar os resistentes.
A iniciativa partiu do desafio da União de Freguesias de Caldas – Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório à Associação MVC e surgiu no âmbito da exposição “A Árvore e o Papel da Floresta”, que está patente no Céu de Vidro, no Parque D. Carlos I, até ao dia 27 de março e que integra o projeto “Parque ComVida”, no qual surgiu a ideia de assinalar as várias datas festivas do mês de março.
Filipa Oliveira, da Junta de Freguesia, referiu que as árvores e plantas para esta ação foram fornecidas pela própria autarquia e que já estava prevista a sua plantação neste mesmo local.
Nesse sentido, no Jardim da Esperança, perto do Parque das Merendas da Mata Rainha D. Leonor, foram plantados mais de três dezenas de exemplares de plantas e árvores da mata portuguesa, nomeadamente, Pilriteiros, Azevinhos, Áceres, Freixos e também Cedros do Buçaco.
Teresa Sererenho, da Associação MVC, agradeceu o desafio da autarquia e salientou a importância desta data. “Os direitos e oportunidades entre homens e mulheres devem ser efetivamente iguais”, afirmou. Para comemorar a data, a associação procurou juntar várias mulheres na plantação deste Jardim da Esperança.
Notando que a comemoração desta data significa que há muito ainda por fazer, Teresa Serrenho referiu que “era importante, por exemplo, que as pessoas refletissem sobre a situação dos homens ucranianos, que, neste momento, não têm o poder de escolha de sair do seu país”.
Esta é, assim, “uma situação na qual encontramos o sentido contrário ao que o Dia da Mulher representa, que é a igualdade”, salientou a dirigente, notando que “ainda se verificam muitas diferenças na nossa cultura e na forma de atuação”, por exemplo, a nível laboral e social, com a existência de várias desigualdades.
A responsável nota que a iniciativa não terminará neste momento de plantação das árvores, projetando-se que possa continuar através da visitação do espaço, mas também da progressiva criação de melhores condições no local.
Além de assinalar o Dia da Mulher, a plantação deste jardim tinha um duplo siginificado: é que, tendo em conta o momento presente da história da humanidade com a invasão da Ucrânia, os responsáveis pretendem que o Jardim da Esperança seja também um lugar de conexão à natureza, de acolhimento e, sobretudo, um sinal e também um local de paz.
A plantação do Jardim da Esperança contou com a participação de elementos de outras associações, como, por exemplo, de alguns membros da associação Silver Coast Volunteers, que junta cidadãos estrangeiros que residem na região Oeste e que fazem questão de participar e de organizar diversas iniciativas cívicas.
“Estamos a plantar os bons valores, para que os miúdos vejam que existe esperança, que é tão importante nesta fase”, disse Teresa Serenho à Gazeta das Caldas, deixando os votos de que “as árvores cresçam e sejam elas também um sinal de esperança”. ■

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