Já nasceram 136 bebés do Oeste em Leiria

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Desde que se iniciaram as obras na maternidade do CHO, nas Caldas, a 1 de junho, já nasceram em Leiria 136 bebés oestinos. Centro hospitalar garantiu à Gazeta que obras estão a decorrer dentro do previsto

Desde o encerramento para obras do Serviço de Ginecologia – Obstetrícia do Centro Hospitalar do Oeste, no Hospital das Caldas da Rainha, que ocorreu a 1 de junho deste ano, já nasceram 136 bebés do Oeste em Leiria, para onde foram encaminhadas as grávidas da região.
No mês de junho nasceram no Hospital de Leiria 45 bebés com morada de proveniência do Centro Hospitalar do Oeste. Em julho foram 63 grávidas que deram à luz na capital do distrito e, neste mês de agosto, até ao dia 21, contavam-se 28 nascimentos.
Esta informação foi prestada à Gazeta das Caldas pelo Centro Hospitalar do Oeste. Questionados pelo nosso jornal, os responsáveis do CHO fizeram um ponto de situação das obras na maternidade. “Após a adjudicação da obra, foi dado início à empreitada e as obras encontram-se a decorrer dentro do tempo previsto”, referem, garantindo que no presente momento a obra está a respeitar “os prazos e objetivos traçados no processo de adjudicação”.
Estava previsto que as obras demorassem quatro meses, até ao dia 31 de outubro, e que arrancassem logo na primeira semana de junho, com a remodelação da rede de esgotos do bloco de partos, considerada essencial tendo em conta a idade do edifício e o estado da rede. Tratou-se de uma obra de 22 mil euros, financiados pelo centro hospitalar, com uma duração de cerca de quatro semanas, concluída, portanto, no início de julho.
Atualmente, e segundo a calendarização divulgada à imprensa na apresentação da empreitada, procede-se à requalificação do bloco de partos. Esta obra vai permitir a criação de quartos de parto, mas também a reabilitação e a criação de novas instalações sanitárias para funcionários e para utentes e ainda a existência de um posto de vigilância. Prevista nesta empreitada está também a aquisição de novos equipamentos. Em simultâneo com esta obra está a decorrer uma requalificação no internamento, que incide na substituição do chão, na realização de pinturas e alterações na climatização.
Durante esta intervenção, que tem um prazo estimado de quatro meses, até outubro deste ano, o internamento, o bloco de partos e a urgência obstétrica estão suspensos, sendo as grávidas desta região encaminhadas para o Centro Hospitalar de Leiria. As consultas externas de Ginecologia e de Obstetrícia continuam a funcionar no hospital caldense. “O Centro Hospitalar do Oeste assegura, 24 horas por dia, uma ambulância em permanência junto ao Hospital das Caldas da Rainha, no sentido de garantir o transporte para utentes qualificadas com prioridade urgente que a este recorrem”, acrescentam.
As obras na maternidade do Hospital das Caldas representam um investimento global na ordem de 1,2 milhões de euros. Desse montante, 401 mil euros foram financiados no âmbito do programa de Incentivo Financeiro à Qualificação dos Blocos de Partos do Serviço Nacional de Saúde, 725 mil euros financiados pela Câmara das Caldas e 82 mil euros do CHO.
Esta semana, o presidente da Câmara das Caldas, Vítor Marques, mostrou preocupação com o encerramento do serviço e alertou o Governo “para a necessidade urgente de aprovar o plano diretor do CHO” e “assegurar a intervenção organizada nas instalações do atual Centro Hospitalar, investindo nos edifícios, em novos equipamentos e na contratação dos profissionais necessários, de forma a garantir uma adequada prestação de cuidados de saúde”.
“Embora compreendendo a necessidade da intervenção no CHO, a Câmara das Caldas manifestou preocupações quanto ao encerramento daquela unidade, ainda que temporariamente, como nos tinha sido transmitido” e aponta que o encerramento temporário não está “desligado das dificuldades gerais nesta especialidade que tem levado ao funcionamento de serviços em sistema rotativo”. Ou seja, “tornou-se evidente para o município a imprescindibilidade e a necessidade das obras de requalificação deste serviço, o que já não se considerou muito compreensível é que tal implicasse o encerramento do serviço no CHO, obrigando à deslocação das utentes para o Hospital de Leiria”, acusa.
Acresce que “os profissionais de saúde do Hospital de Leiria anunciaram publicamente uma sobrecarga de trabalho de vários obstetras devido ao encerramento da maternidade no Hospital das Caldas e que essa circunstância os obrigava à entrega de escusas de responsabilidade clínica”, alerta. ■

Obras no hospital das Caldas devem estar terminadas em outubro deste ano
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