
Ao quilómetro 14 do IP6, no sentido A8/ Peniche, são frequentes os abatimentos no piso causados por deslizamentos de terras. A circulação na faixa mais à direita está cortada desde o início do ano, mas deverá ser feita uma pequena reparação para repor as duas faixas durante o Verão, quando o tráfego aumenta. No entanto, está também a ser preparada uma intervenção de fundo, cujo projecto de execução vai em breve ser lançado a concurso.
Quem por ali passa regularmente sabe que estes abatimentos do piso são frequentes. Estes acontecem após o viaduto do vale do Olho Marinho. e “devem-se às características específicas do subsolo nesta zona, que são diferentes das presentes no restante vale”, explicou Pedro Ramos, porta voz da Infraestruturas de Portugal, à Gazeta das Caldas.
Após várias intervenções sem resultados, aquela entidade vai proceder a uma “intervenção mais profunda, que assegure a resolução em definitivo das anomalias neste pequeno troço do IP6”, revelou Pedro Ramos. Essa intervenção não tem ainda prazo previsto. Nesta fase vai ser ainda lançado o concurso público para a elaboração do projecto de execução e depois será lançado novo concurso público para a execução da obra.
Em Janeiro deste ano a Infraestruturas de Portugal optou por cortar a circulação na via mais afectada. “Este condicionamento de tráfego está devidamente sinalizado e foi amplamente divulgado”, sublinha o porta voz da Infraestruturas de Portugal.
José Pereira, vereador da Câmara de Óbidos com o pelouro das vias de comunicação, manifestou à Gazeta das Caldas preocupação com um problema “que se arrasta há algum tempo”. Além da intervenção mais profunda, o município obidense pretende que seja realizada uma intervenção “urgente” para repor as duas faixas de rodagem na “época de maior fluxo de tráfego que, entretanto, começa”. O vereador adiantou que “a informação que a Câmara de Óbidos recebeu foi que estão previstos trabalhos de reparação, os quais irão começar muito brevemente”.
Ao todo, desde Maio de 2012 foram já realizadas cinco intervenções naquela zona. Essa primeira operação consistiu em selagem de fissuras. No entanto, o problema foi-se agravando progressivamente. As fissuras voltaram a abrir e a estas seguiram-se os abatimentos do piso. Em Setembro de 2014, Janeiro de 2015, Abril e Agosto de 2016 tiveram que ser corrigidos esses assentamentos. “No entanto, e ao contrário do que era expectável, não se verifica uma maior estabilização dos terrenos e os assentamentos continuam a ocorrer”, acrescenta Pedro Ramos.
O troço do IP6 entre a A8 e Peniche tem uma extensão de 14,3 quilómetros e foi construído em três fases. A primeira ligou Atouguia da Baleia a Peniche e foi aberta a 10 de Fevereiro de 2004. Dois meses depois a via foi estendida até à Serra D’el Rei. A ligação à A8 foi concluída dois anos e dois meses depois, a 26 de Junho de 2006. É neste troço que este problema se verifica.
Estes últimos 4,5 quilómetros foram a parte mais complexa da obra, dado atravessar sobre viadutos uma larga extensão de zona agrícola, e consumiu 30 milhões de euros dos 41 milhões que toda a estrada custou, entre o nó da A-da-Gorda e Peniche.






























