
A Infraestruturas de Portugal (IP) anunciou que os trabalhos de consolidação do IP6 teriam início na passada terça-feira, 11 de Junho, mas nesse dia – que foi o mesmo do fecho desta edição – não existiram movimentos no local da empreitada.
Fonte oficial da IP explicou à Gazeta que as obras não começaram no primeiro trimestre do ano, como ficou estipulado aquando da assinatura do contrato de empreitada (a 20 de Dezembro do ano passado) com a Teixeira Duarte devido ao tipo de concessão da obra. É que, tratando-se de uma empreitada de concepção/ construção, o empreiteiro tem que apresentar ao dono da obra um plano preciso dos trabalhos a efectuar antes de começar a execução, o que já foi feito.
Por parte do Tribunal de Contas também está tudo a andar. Esta instituição emitiu o seu visto em finais de Março, dentro do primeiro trimestre de 2019, como estava previsto. Só depois disso a Teixeira Duarte pôde dar seguimento ao plano de concepção, que foi realizado em 65 dias.
A IP explicou ainda que, após a execução do plano de concepção, foi necessário o pedido de documentos adicionais ao IMT, pelo que só agora será possível começar o trabalho no terreno.
A intervenção está orçada em 2,5 milhões de euros e deverá colocar fim ao problema de deslizamento de terras que tem afectado aquele troço do IP6 desde a sua abertura, em 2006, e que ditou o estrangulamento da via perto do Olho Marinho, no Verão de 2017.
O prazo de construção é de 210 dias, pelo que a reposição da circulação nas quatro faixas de rodagem só deverá acontecer no final do primeiro trimestre de 2020.
Os trabalhos serão realizados em duas zonas distintas: no encontro Este do Viaduto do Olho Marinho, ao quilómetro 13,7, e num troço de 300 metros a partir do quilómetro 14,1, no talude que suporta a faixa de rodagem.
No primeiro local, a intervenção compreende a colocação de estacas de betão espaçadas a 2,5 metros, encabeçadas por um maciço também em betão reforçado com 1×1 metros.
Na zona mais extensa a intervenção será mais complexa, baseando-se na construção de dois muros, fundeados até ao subsolo, um deles para suportar o aterro e o outro o talude, cujo desnível também será suavizado, criando maior sustentação.






























