Início das dragagens na lagoa de Óbidos adiado para Maio

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A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) prevê que as dragagens nos braços da Lagoa de Óbidos possam ter início em Maio. “Caso não haja nenhum contratempo, prevê-se que o Tribunal de Contas vise o contrato até final de Abril, e que os trabalhos tenham início (consignação) imediatamente a seguir”, refere aquela entidade à Gazeta das Caldas. Embora não divulgando o início dos trabalhos, a APA refere apenas que o prazo de execução será de 18 meses.
Actualmente, e no âmbito do concurso internacional lançado em 2019, estão a ser apreciados um “conjunto de documentos de habilitação apresentados no seguimento da notificação de adjudicação”, acrescenta.
O concurso para a dragagem da zona superior da Lagoa de Óbidos foi lançado em Fevereiro do ano passado pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e a previsão era de que a obra avançasse durante este mês de Fevereiro.
Orçada em 16 milhões de euros, a segunda fase das dragagens na lagoa prevê a retirada de 875 mil metros cúbicos de areia das bacias no delta do Rio Real, do braço da Barrosa e dos canais de ligação do corpo da lagoa aos braços da Barrosa e do Bom Sucesso.
Os sedimentos a dragar serão lançados directamente no mar, a sul do promontório do Gronho. Esta intervenção, que pressupõe ainda a valorização de uma área de 78 hectares a montante do Rio Real, sucede à primeira fase das dragagens na Lagoa, que ocorreu junto à aberta e na qual foram retirados 716 mil metros cúbicos de areia para combater o assoreamento que periodicamente fecha o canal de ligação ao mar.
Para evitar o fecho da “aberta”, o governo autorizou que os municípios das Caldas da Rainha e de Óbidos possam fazer pequenas dragagens de manutenção, sob a coordenação da APA.
Recentemente,o deputado da Assembleia da República, eleito pelo Bloco de Esquerda no distrito de Leiria, Ricardo Vicente, defendeu a criação de uma empresa pública de dragagens. De acordo com o bloquista, este serviço permitiria ganhar “eficiência operacional e financeira” e poderia ser uma solução vantajosa para locais como a Lagoa de Óbidos, que necessita da remoção de sedimentos para garantir o seu normal funcionamento.

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