Infancoop comemora 50 anos com projetos para o futuro

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Celebração do meio século da Infancoop decorreu no restaurante A Lareira

Festa assinalou o meio século de existência da instituição que tem 275 crianças nas quatro respostas que presta

Um jantar no restaurante A Lareira na passada sexta-feira foi a forma de comemorar o meio século de existência da Infancoop, que foi criada em 1975 nas Caldas.

Pedro Custódio, presidente da direção da Infancoop, recordou as “cinco décadas de história, dedicação e laços que se foram tecendo e fortalecendo” e que “tudo começou com um grupo de pais corajosos e visionários que, perante a ausência de estruturas de apoio às crianças até aos três anos, sonharam com um espaço onde as crianças pudessem crescer felizes e ser cuidadas com amor”. Pedro Custódio afirmou que “somos e queremos continuar a ser uma referência nas Caldas da Rainha, uma instituição ao serviço das pessoas, aberta, próxima e presente”.

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A Infancoop tem 55 trabalhadores e 275 crianças em quatro respostas: berçário, creche, 1º ciclo e CATL, que funciona quase exclusivamente (excepto fora dos períodos letivos) com as crianças do 1º ciclo da instituição. E todas as respostas têm lista de espera. Daí que se tenham candidatado ao PRR para a ampliação da creche com uma nova sala com mais 16 vagas. A candidatura, de 292 mil euros, foi aprovada, mas o concurso ficou deserto. “O prazo para a conclusão da obra era fevereiro, mas há indicação de que serão prolongados” até meados do ano. Esta obra implica ainda aumentar o refeitório, que já está na capacidade máxima. Depois, gostariam de fazer a ampliação de duas salas de creche, “para ter maior dimensão e ter maior capacidade de crianças, mas aí é um investimento com capitais próprios”. Tal permitirá uma “prestação de serviço com mais qualidade”, para crianças e equipa, mas a dificuldade é a mesma, a falta de empreiteiros. “Gostávamos de abrir mais uma sala de pré-escolar, porque a abertura de mais uma sala de creche vai-nos criar um problema na transição das crianças, não vamos ter capacidade para transitar as crianças para o pré-escolar, que não é o que queremos, para dar continuidade ao projeto educativo”.

No último ano fizeram a mudança do pavimento dos corredores da creche, pré-escolar e refeitório, num investimento de 50 mil euros (o município apoiou em 50%). Mas esta é uma instituição que “precisa de manutenção extensa, o edifício está envelhecido, tem perto de 40 anos e não teve uma boa qualidade de construção”. A mudança das caixilharias para PVC, a colocação de painéis solares, a mudança da iluminação ou a substituição dos equipamentos da cozinha são investimentos recentes.

João Paulo Pedrosa, diretor do Centro Distrital de Leiria da Segurança Social, descreveu a Infancoop como “uma instituição modelar nas Caldas da Rainha, representa hoje uma resposta de infância inigualável para o concelho” e “se não houvesse Infancoop e não prestasse a resposta que presta, a qualidade de vida no concelho não seria a que é hoje”.
Conceição Henriques, vereadora da Câmara das Caldas, recordou a criação da Infancoop.

“Tinha onze anos quase a fazer 12 e lembro-me muito bem dos anos de 1974, 75 e 76”, porque “foram tempos verdadeiramente excecionais, que permitiram às pessoas sonharem com coisas grandes” e “a Infancoop é justamente o sinal visível até hoje de como as pessoas em 1975 tinham o mundo inteiro para sonhar”, sendo uma “instituição que foi e que é notável”. Conceição Henriques nunca frequentou nem teve um filho na Infancoop, “mas sei o que é que as pessoas sentiam quando conseguiam pôr os filhos na Infancoop e qual era a expectativa que tinham quando a escolhiam” e isso “é um valor intangível, extraordinário”. Já Lalanda Ribeiro, presidente da Assembleia Municipal, participou no seu último ato público nestas funções e recordou que a Infancoop e o Centro de Educação Especial “nasceram em conjunto, são gémeas”, mas “fizeram muito bem em se separar, porque puderam crescer ambas e tornarem-se referências”.
Isabel Marques trabalha há quase 44 anos na Infancoop, tinha ela 15. “Vim substituir uma colega na limpeza, fui ficando e como gostava de estar com os meninos, fui tirando os cursos de formação e passei a auxiliar de ação educativa”, conta. “Faço aquilo que gosto” e “a Infancoop é uma grande casa e uma família”.

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